Testemunhas do caso Daniel Alves desconheciam que porta na boate levava ao banheiro, diz jornal
De acordo com o "La Vanguarda", as amigas da vítima indicaram em depoimento que desconheciam a área privada: "Se sei que era um banheiro, minha amiga não entrava"
A justiça espanhola continua debruçada sobre o caso de violência sexual supostamente cometida pelo jogador Daniel Alves. Na última sexta-feira, uma das amigas da jovem que acusa o atleta afirmou não saber que o local onde teria ocorrido o ato era um banheiro. As informações foram publicadas pelo jornal "La Vanguarda".
"Se eu sei que aquilo é um banheiro, minha amiga não entrava", disse uma das jovens em depoimento.
Elas garantiram que não sabiam onde a porta da boate Sutton, em Barcelona, iria levar, principalmente porque o local não mostrava nenhuma indicação ou placar. Elas disseram ter imaginado ser ali um acesso à área externa, onde seria permitido fumar. Uma delas disse, inclusive, que precisou ir ao banheiro e foi para fora daquela área.
"Por que saio do reservado, atravesso meia boate e pego uma grande fila para usar um banheiro cheio e sujo, se eu sabia que tinha um exclusivo e limpo onde estava? Não sabíamos".
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Além disso, a publicação diz que também foi ouvido o chefe de uma das jovens, que é advogado de confiança da vítima, que teria ligado para ele logo após o incidente, para pedir conselhos. Outra pessoa ouvida foi o garçom que convidou as três jovens para se juntar ao craque e mais um amigo em uma mesa reservada. O porteiro, que na saída teria visto a jovem chorando, e o diretor da boate, que ouviu a acusação e chamou a polícia.
Enquanto a justiça segue apurando os fatos, Daniel Alves continua preso em Barcelona desde o dia 20 de janeiro, sob a acusação de agressão sexual, que teria ocorrido no último dia 30 de dezembro, em uma boate em Barcelona. A violência teria acontecido em um banheiro. O jogador diz que a relação foi consensual, mas até que se prove o contrário, ele segue encarcerado.
Par de tênis pode ser chave
Os desdobramentos do caso podem apontar se o jogador esteve ou não no local do crime. Ainda de acordo com o "La Vanguarda", embora o atleta estivesse em um ponto cego nas imagens de segurança, é possível ver tênis brancos no reflexo de um espelho quando a jovem entra no local. A acusação tentará provar que os calçados são do atleta, já a defesa usa o elemento para dizer o contrário.
A jovem disse às autoridades que Daniel teria insistido para que ela entrasse no banheiro por diversas vezes. Já a defesa dele tenta provar que ela teria entrado no local por vontade própria, dois minutos depois do brasileiro. Outra frente de defesa do atleta tenta mostrar que o tênis visto nas imagens não pertence ao jogador e que não havia "situação de dominação ou medo" no momento.
Um dos motivos que a levou a entrar no banheiro teria sido o temor de que fosse agredida do lado de fora da boate ou até mesmo ser dopada, segundo o "La Vanguarda". Por fim, a publicação espanhola destaca que essa é a tese da acusação que justifica o fato da jovem não ter saído imediatamente do local. A defesa, por fim, sustenta que as imagens vão mostrar inconsistências no depoimento da jovem.
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