Caso Daniel Alves: par de tênis brancos vira peça-chave da investigação de estupro na Espanha
O par de tênis que aparece no reflexo de um espelho será usado para provar que Daniel Alves forçou entrada da jovem no banheiro da boate Sutton, em Barcelona
A acusação de estupro sobre o jogador Daniel Alves ganhou uma nova peça-chave, segundo o jornal espanhol "La Vanguardia": um par de tênis brancos. A peça será usada pela acusação para confirmar a presença do brasileiro dentro do banheiro da boate Sutton, em Barcelona, onde teria acontecido o crime, enquanto a defesa vai tentar provar que o lateral-direito não estava na cabine naquele momento.
VEJA MAIS
O periódico espanhol explica que Daniel Alves está em um ponto cego das câmeras de segurança no durante os minutos em que o estupro teria acontecido, mas é possível ver tênis brancos no reflexo e um espelho quando a jovem de 23 anos, que acusa o jogador, entra no banheiro.
O advogado de defesa do lateral, Cristóbal Martell, tenta mostrar que ela entrou no local por vontade própria dois minutos depois de Daniel, mas o depoimento da moça é de que o brasileiro teria insistido para que ela entrasse no banheiro várias vezes ao longo da noite. A acusação vai usar a imagem do par de tênis no reflexo do espelho para afirmar que é Daniel Alves quem segura a porta para que ela entrasse no toalete.
Defesa procura contradições
Neste ponto, ainda de acordo com o "La Vanguardia", a defesa de Daniel Alves vai seguir trabalhando para negar que os sapatos sejam do jogador de 39 anos e alegar que aquela não era uma "situação de dominação ou medo". Os advogados do lateral entendem que as imagens servirão para mostrar inconsistências no depoimento da mulher espanhola.
Isso porque a vítima contou, em seu depoimento, que temeu ir embora da casa noturna Sutton antes do suposto estupro por medo de que fosse agredida na saída da boate ou até mesmo que alguém "colocasse algo em sua bebida", cita o jornal.
Entenda o caso
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro acusado de ter agredido e estuprado uma mulher espanhola de 23 anos dentro do banheiro da área VIP da boate Sutton, em Barcelona. O jogador teve a prisão preventiva decretada por ordem da juíza Anna Marín, por entender o risco do lateral-direito de 39 anos fugir do país. Entre os argumentos está o fato de que ele, até então, defendia o Pumas, clube do México, e por isso não morava na Espanha, além de ter grande poder financeiro para viajar ao Brasil, que não possui acordo de extradição com o país europeu.
Na última segunda-feira a defesa de Daniel Alves entrou com um pedido de abrandamento da prisão preventiva, para que seja transformada em prisão domiciliar até o julgamento do caso, o que pode demorar até dois anos. O advogado Cristóbal Martell afirma que o jogador brasileiro está disposto a entregar o passaporte, usar pulseira eletrônica e se apresentar rotineiramente às autoridades para provar que não fugirá do país.
Enquanto isso, Alves está preso no complexo penitenciário Brians 2, distante cerca de 40 km do centro de Barcelona.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA