Diretor Jurídico da FPF revela que gestão quer diminuir quantidade de clubes no Parazão

Andre Cavalcante, em entrevista ao Último Lance, rechaçou hipótese de inchar o torneio de 2023 para 'resolver' impasse na Justiça Desportiva

Pedro Cruz
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O Campeonato Paraense de 2023 está paralisado e ainda sem data para ser retomado. A suspensão do torneio ocorreu em razão de um imbróglio jurídico: o Paragominas, que foi rebaixado no ano passado, tenta retornar à primeira divisão estadual na Justiça Desportiva - caso que deve ganhar novos capítulo ao longo dos próximos dias. Enquanto há quem sugira que esta edição seja inchada com 14 clubes para acelerar a resolução do problema, a FPF pretende, nos próximos anos, ir no caminho inverso.

Enquanto a situação envolvendo o Paragominas não é resolvida pelos meios legais, surgiu a hipótese de aumentar a competição deste ano para 14 equipes, ou seja, incluir o PFC e o Amazônia Independente (que caíram no ano passado) e manter Bragantino e Águia de Marabá. A medida, no entanto, foi rechaçada pelo Diretor Jurídico da Federação Paraense de Futebol, André Cavalcante, em entrevista ao programa Último Lance, de oliberal.com. Ele revelou, inclusive, que a FPF deve seguir o caminho inverso durante a atual gestão.

"A gente entende que não cabe essa situação. Até porque, na Federação, nós temos o entendimento de que 12 clubes já é muito. A ideia dessa gestão é discutir isso logo, que num curto prazo de tempo a gente volte a ter 10 clubes. Vocês sabem que 12 foi por conta da pandemia, que ninguém caiu no campeonato de 2020. Colocar 14 tu tens uma série de consequências que vão perpassar desde o calendário apertado, pelas cotas de publicidade, que vão ter que ser divididas a duas equipes a mais", argumentou Cavalcante.

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Entenda o caso

A não publicação do acórdão fez com que o Campeonato Paraense de 2023 fosse temporariamente suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na última sexta-feira (20), o Paragominas, clube rebaixado à Segunda Divisão estadual em 2022, recorreu ao Superior Tribunal pedindo a manutenção na elite.

Ao STJD, o Paragominas alegava irregularidades envolvendo dois jogadores: Guga e Hatos. Após serem expulsos e punidos pelo TJD por atos de indisciplina praticados quando jogaram a Segundinha pelo Itupiranga, em 2021, os atletas jogaram por outros clubes no Parazão de 2022 e não cumpriram as devidas suspensões apenadas.

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Caberá agora às partes envolvidas no processo solicitarem ao STJD a revogação da liminar que suspende o campeonato. Caso pedido seja aceito, torneio poderá ser realizado imediatamente. 

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No dia 20 de outubro, o STJD havia decidido, por unanimidade, anular todas as decisões até então divulgadas pelo TJD/PA e pedir novo julgamento, o que foi feito em 19 de dezembro do ano passado. O TJD manteve o Paragominas rebaixado e multou o Itupiranga em R$ 30 mil. No entanto, devido às férias do judiciário, o resultado desse julgamento ficou mais de um mês sem ser publicado.

O espaço de tempo entre o julgamento e a publicação abriu precedente para que o Paragominas solicitasse a suspensão do estadual. O pedido foi acatado, em decisão liminar, pelo STJD na sexta (20).

Agora, com o acórdão publicado, cabe às outras partes envolvidas solicitarem a revogação da liminar ao Superior Tribunal. Caso o órgão acate o pedido, o Parazão poderá ser retomado imediatamente.

 

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