Parazão, cumprir a lei é o caminho Carlos Ferreira 24.01.23 7h00 O atacante Guga, do Águia, e o volante Hatos, do Bragantino, foram alvos de denúncias do Paragominas (Águia TV / @vinicius_lima_tg) Já se vão dez meses de novela jurídica, desde que o Paragominas acusou ilegalidade de Hatos no Bragantino e Guga no Águia. O processo já suspendeu o campeonato de 2022 por duas semanas e agora adia o início do campeonato de 2023, sem desfecho. Desta vez não cabe solução alternativa. O caminho é cumprir a lei. A decisão a ser tomada pelo Pleno do STJD, provavelmente na outra quinta-feira, 02/02, vai manter o Bragantino e Águia ou substituí-los por Paragominas e Amazônia. Depois, só restariam instâncias na Justiça Comum. O fato é que o nosso futebol está pagando o preço da irresponsabilidade dos que insistem em "empurrar com a barriga" as questões mais embaraçosas. Nessa, o TJD foi mais Teatro do que Tribunal. Vício de origem Tanto da 1a como na 2a divisão, ano a ano, o Campeonato Paraense está tomado por sucessivos imbroglios jurídicos. Por quê? Pelo vício de origem: despreparo da maioria dos clubes do interior nas questões burocráticas. "Farejadores" detectam as irregularidades e vendem a informação aos interessados mais desesperados. Mais cedo ou mais tarde, com esses ou aqueles clubes, o Parazão 2023 vai começar. Na hora da decisão de rebaixamento vai surgir uma nova denúncia e outra novela virá. A FPF já foi alertada algumas vezes por esta coluna, com a recomendação de treinamento para os responsáveis pela área burocrática do futebol nos clubes. Se isso não eliminaria, seguramente minimizaria as irregularidades. Mas a FPF preferiu a omissão, mesmo nessa nova gestão que parece determinada a colocar o trem nos trilhos. BAIXINHAS * Basta observar os casos jurídicos tão recorrentes nos nossos campeonatos para entender o cenário. Os mais frequentes são de atletas que jogaram sem cumprir punição por cartões amarelos, por cartão vermelho ou suspensão do TJD, como Hatos (Bragantino) e Guga (Águia). * Cabe aos clubes checar suspensão pendente dos seus novos atletas. Mas o TJD, que não dispõe de um sistema capaz de agilizar as informações, também não atende as demandas com a rapidez necessária. O serviço é arcaico! * O governo do estado investe R$ 8,3 milhões num campeonato que é muito prejudicado pela omissão de uns e pela impotência de outros. Remo e Paysandu, os clubes que mais investem, também têm sua cota de omissão quando não exigem as medidas preventivas. * Como a coluna mostrou na semana passada, o Campeonato Paraense consumiu cerca de R$ 83 milhões em verbas públicas nos últimos 16 anos, e nem assim é tratado com a devida seriedade. O patrocinador também precisa ser mais exigente. * A novela atual, protagonizada por Hatos e Guga, é produto de desconhecimento ou de irresponsabilidade do Itupiranga, que não repassou aos seus ex-atletas a notificação de que seriam julgados pelo TJD. Os dois foram expulsos jogando pelo Itupiranga na 2a divisão de 2021. * Isso teria acontecido se o Itupiranga e demais clubes tivessem recebido capacitação? A FPF sempre foi omissa nessa questão e tem que ser cobrada pelo cáos. No grande faz de conta do Parazão, quem paga não exige, quem executa não previne, nem todos os participantes têm compromisso. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Alcoolismo no futebol, um vício contra a carreira, a saúde e a vida 03.11.24 8h00 Carlos Ferreira Paysandu precisa atravessar a Ponte; Remo em mês de contratações 01.11.24 9h39 Futebol Determinação é a chave do Paysandu; Remo tem protocolo de contratações 31.10.24 9h55 Carlos Ferreira Paysandu pode se salvar com 42 pontos; Remo quer transparência 30.10.24 10h32