Morre Marinho Peres, ex-técnico do Paysandu em 2006 e capitão da Seleção na Copa de 1974
Peres estava com estado de saúde debilitado desde 2019, quando sofreu um AVC
Nesta segunda-feira (18), o futebol brasileiro lamenta a perda do ex-zagueiro Marinho Peres, jogador icônico de equipes renomadas como Internacional, Santos e Barcelona, além de também capitão da Seleção Brasileira na década de 1970. Como treinador, comandou o Paysandu em 2006, durante o primeiro semestre. Aos 76 anos, o ex-atleta morreu na madrugada desta segunda em Sorocaba, no interior de São Paulo.
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A saúde de Marinho Peres estava fragilizada desde 2019, quando enfrentou um acidente vascular cerebral (AVC). Passou o último mês em um hospital particular de Sorocaba. Ele estava internado para se recuperar de uma pneumonia, além de ter sofrido complicações nos rins e no coração.
Como jogador, ele alcançou o título brasileiro com o Internacional em 1976, deixando sua marca na história do clube. Já na carreira como treinador, Marinho Peres passou por times notáveis como Santos, Botafogo e Juventude, contribuindo com sua expertise para o desenvolvimento do futebol no Brasil. Pela Seleção, foi titular e capitão da equipe que disputou a Copa do Mundo de 1974.
Quem foi Marinho Peres?
Marinho Peres, um dos mais celebrados zagueiros da década de 1970, deixou uma marca indelével no futebol brasileiro e internacional. Sua carreira, que quase não aconteceu, teve início no São Bento, mas foi na Portuguesa que ele se destacou, abrindo caminho para integrar os esquadrões de destaque dos anos 70. A partir de então, Marinho Peres compartilhou os gramados com lendas como Carlos Alberto Torres, Edu e Pelé no Santos.
Em 1974, assumiu a braçadeira de capitão da seleção brasileira, liderando uma equipe que, apesar de não repetir o feito de 1970, manteve-se invicta nos primeiros cinco jogos da Copa do Mundo, até ser superada pela revolucionária Holanda de Rinus Michels.
Passagem conturbada pelo Barcelona
A sua jornada no Barcelona, sob o comando de Cruyff, marcou um período de aprendizado intenso. No entanto, uma convocação surpresa para o exército espanhol o levou a uma difícil decisão: servir ou fugir. Marinho Peres optou pela segunda, tornando-se um fugitivo da justiça até os anos 90, quando finalmente pôde retornar ao Brasil.
No Internacional, ao lado de Elías Figueroa, consolidou uma das parcerias defensivas mais memoráveis do clube, ajudando a dominar o futebol brasileiro em 1976. Posteriormente, vestiu a camisa do Palmeiras na era da "Segunda Academia".
Revelou Figo, lenda do futebol português
Sua carreira como treinador em Portugal, apesar de não ser repleta de títulos, é marcada por uma contribuição valiosa: a promoção do jovem talentoso Luís Figo. Marinho Peres é recordado com carinho em solo português, onde sua influência foi além das conquistas.
Assim, Marinho Peres, seja como jogador ou treinador, pode não ter acumulado inúmeros troféus, mas sua história é uma das mais ricas no mundo do futebol.
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