FPF vai lançar competição de base com mais de 1.200 clubes municipais e draft no Parazão
Superliga e Supercopa irão priorizar jovens de 17 anos, que poderão ter a chance de jogar nos clubes profissionais do Parazão
Com o objetivo de movimentar as ligas municipais e realizar um draft de novos talentos no Parazão, a Federação Paraense de Futebol (FPF), por intermédio do presidente Ricardo Gluck Paul, irá lançar em breve uma competição com mais de 1.200 clubes. Em parceria com a ONG OPA, a FPF pretende interligar o futebol paraense com duas competições, que envolverá diretamente jovens de 80 municípios do Estado, além de fomentar a garimpagem de novos talentos, que serão disponibilizados aos clubes do Parazão, estilo “draft” da NBA.
A informação foi dada com exclusividade ao Grupo O Liberal, em entrevista nesta quarta-feira (11), no Programa Liberal + Esporte, da Rádio Liberal +. Em parceria com Roberto Ramalho, da ONG OPA, a FPF vai implantar duas competições para jovens de 17 anos. Ricardo Gluck Paul afirmou que é necessária uma competição ampla, que faça com que bairros, zonas rurais e urbanas sejam interligados.
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“O futebol amador é uma paixão, uma prioridade e um assunto estratégico da FPF, e nessa parceria com o Roberto, companheiro de longas datas, conseguimos desenhar um projeto que vejo como a maior competição do Brasil e na pretensão do mundo. É uma competição que envolverá mais de 1.200 clubes, que chamo de clubes comunitários, e eu não conheço nenhuma competição no país que tenha mil clubes. É um projeto importante para o desenvolvimento de talentos, mas, que o esporte cumpra a sua função social”, disse.
Roberto Ramalho, presidente da ONG OPA, comentou sobre como serão financiadas essas competições, a citar: Superliga e Supercopa. “A OPA nasceu em outro estado e em 2015 [eu] trouxe ela para o Pará. Em 2013, vieram muitas ideias com a lei de incentivo, e vi oportunidades de envolver grandes empresas e comunidades carentes no Estado, proporcionando a essas comunidades um retorno. Ou seja, é o retorno de isenção fiscal com recurso público cujo valor possa ser revertido a essas comunidades”, falou Ramalho.
Para Ricardo Ramalho, a FPF tem um papel fundamental nesse projeto, que receberá o apoio de grandes empresas para que todos os jogos sejam pagos, sem despesas às equipes.“O Ricardo, quando venceu as eleições na Federação, tinha um projeto junto às ligas. Materializamos o projeto, conseguimos capitalizar juntos as empresas, com a Supercopa patrocinada pelo Google e a Super Liga pela Equatorial”, comentou.
Ricardo Gluck Paul comentou sobre a força da representatividade na competição: “Esses clubes representam a comunidade. São clubes de bairros, da zona rural, da zona urbana, das vilas. Esse universo soma em torno de 1.500 clubes filiados às Ligas Municipais. Primeiro teremos 80 competições municipais, com cidades que poderão inscrever de 8 a 16 clubes. Ao fim dessa competição, teremos 80 campeões, um de cada município. No final, teremos cada cidade com uma Seleção”, disse.
Draft
Assim como ocorre em alguns esportes nos Estados Unidos, principalmente na NBA, o draft poderá ser realidade no Parazão a partir de 2026. A ideia é que os jovens que tenham destaque na Superliga e Supercopa sejam contratados das 12 equipes que estarão no Parazão profissional. O presidente da FPF informou que a entidade pagará uma bolsa aos clubes para custear os jovens durante a disputa do Estadual, além de forçar as equipes a manter atenção nas competições municipais.
“Essa ideia precisa ser amadurecida, mas seria um draft, já que o Parazão é patrocinado pela FPF, os 12 clubes teriam que selecionar três atletas dessa competição, pagos pela FPF. A Federação, por sua vez, pagará uma bolsa para os clubes manterem esses atletas durante o Paraense. Isso vai obrigar os clubes a acompanhar a competição, que estão previstas para o período de março a junho”, finalizou.
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