Erros propositais de arbitragem já prejudicaram Remo e Paysandu ao longo da história; veja
Não é de hoje que a arbitragem do futebol brasileiro reúne casos escabrosos, alguns deles prejudicaram bastante a dupla Re-Pa
discussão em torno da arbitragem no futebol brasileiro permanece preocupante. Erros na condução de uma partida não apenas podem influenciar diretamente nos resultados, como também levantam questões sobre a integridade e a imparcialidade dos árbitros. Essa preocupação não é exclusiva de grandes times como Palmeiras, Grêmio e São Paulo. Ela também atinge clubes regionais, como o Clube do Remo e o Paysandu, que sentiram na pele a má intenção de alguns “profissionais”.
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Remo
O Clube do Remo e o Paysandu têm histórias marcadas por episódios controversos, nos quais a manipulação dos resultados se tornou evidente e indignou os torcedores. Em 1993, durante a Série A do Brasileirão, o árbitro Válter Senra confessou ter recebido instruções para favorecer a Portuguesa contra o Remo. Mesmo assim, a equipe paulista não conseguiu superar o Remo, que avançou de fase. Senra anulou sem justificativa um gol do volante Agnaldo e, ainda assim, o Remo saiu vitorioso, por 2 a 0. No entanto, a equipe foi eliminada no saldo de gols. Quatro anos depois, quando veio à tona o esquema liderado por Ivens Mendes, Senra confessou ter trabalhado sob encomenda.
Senra integrou o quadro de árbitros da Federação de Futebol do Rio e atuou durante as décadas de 80 e 90. Em maio de 2002, seu corpo foi encontrado pela polícia de Petrópolis, região serrana do Rio, sem marcas de violência, sobre a cama de seu quarto. A polícia registrou a morte como suspeita, levantando a hipótese de uma parada cardíaca ou ingestão excessiva de medicamentos.
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Paysandu
Em 2005, durante a Série A, o Paysandu foi um dos clubes obrigados a repetir um jogo devido ao escândalo envolvendo o árbitro Edilson Pereira de Carvalho. Onze partidas foram anuladas e precisaram ser refeitas. O Paysandu havia sido derrotado em Belém pelo Cruzeiro por 2 a 1. Na nova partida, venceu o time mineiro por 4 a 1. Nessa mesma temporada, o Paysandu foi rebaixado à Série B.
Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, outro árbitro envolvido no esquema, receberam pagamento para ajudar apostadores a acertar placares combinados. Por cada partida fraudada, cada um recebeu R$ 10 mil. A revisão dos jogos afetou a disputa pelo título, beneficiando o Corinthians, que ganhou quatro pontos ao refazer os duelos. A punição para ambos foi o banimento do futebol.
Logo depois a “Máfia do Apito” foi exposta pela Revista Veja, em setembro de 2005. Pouco mais de 24 horas depois, Edilson foi preso em sua casa, em Jacareí, interior de São Paulo, juntamente com o empresário Nagib Fayad, apontado como líder da quadrilha. Eles viraram réus na Justiça comum, mas o processo criminal foi suspenso, dada a inexistência de tipificação para o crime cometido. Somente em 2010 as fraudes esportivas foram incluídas no Estatuto do Torcedor. Anos depois, a CBF estabeleceu a Corregedoria de Arbitragem para monitorar os árbitros, além de exigir documentação que comprove a idoneidade profissional.
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