Esportes Radicais: Modalidades ganham força e espaço em Ananindeua
Durante muitos anos, alguns eram vistos com preconceito e marginalização, porém, principalmente na última década, isso vem mudando
Os esportes radicais urbanos surgiram em meados da década de 1960. Durante muitos anos, alguns eram vistos com preconceito e marginalização, porém, principalmente na última década, isso vem mudando. Modalidades vem ganhando força e espaços no Brasil e no mundo inteiro. Algumas, inclusive, se tornaram olímpicas. Skate, BMX e até mesmo o break são alguns desses exemplos. Representantes destas e de outras modalidades radicais reuniram-se em um grande evento no último domingo (28/08), no Complexo Esportivo da Cidade Nova 8, em Ananindeua.
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O I Encontro dos Esportes Radicais teve como essência conectar os praticantes com o ambiente urbano, injetar uma boa quantidade de adrenalina no sangue e deixar o coração “batendo nas alturas”. Raul Palheta, membro do projeto social Ananin Skate e coordenador do encontro, contou sobre o grande objetivo da criação do evento.
“[O Encontro] Surgiu com o propósito de unir e fortalecer as diferentes modalidades esportivas consideradas radicais e que são originárias da cultura da rua. Daí a ideia de criar a Comissão dos Esportes Radicais de Ananindeua (CERA) para fomentar, incentivar e revelar novos atletas e praticantes. Desde os mais jovens até os mais velhos, como também temos o intuito de expandir e mostrar a força da cultura de rua no município”, explicou.
O evento teve duração de cinco horas na praça pública e reuniu cerca de 200 participantes. Entre as atividades, destaque para os momentos culturais e uma roda de conversa sobre o universo dos esportes radicais e suas perspectivas. As modalidades que estiveram presentes na programação do evento foram skate, patins, BMX (bicycle moto cross, modalidade mais radical do ciclismo) slackline, parkour, motoqueiros e o break, além de batalhas de rima e artistas do grafite, que agregaram ao braço cultural e artístico do Encontro.
De acordo com Raul Palheta, um dos objetivos do evento era, também, levantar as dificuldades vivenciadas e propor mais espaços para a prática das modalidades radicais no município. “Uma das dificuldades dessas modalidades esportivas é a falta de espaços para a prática e treinamento dos esportes radicais, assim como a falta de apoio e de estrutura que os atletas têm, até mesmo financeiro, para conseguir disputar as competições tanto regionais quanto nacionais", concluiu.
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