30 anos da morte de Ayrton Senna: relembre choro de Michael Schumacher ao superar recorde do rival
Há 23 anos, o piloto alemão se emocionaria ao falar sobre recorde em Ímola, no GP da Itália
Michael Schumacher conquistou uma de suas vitórias mais importantes na caminhada rumo ao tricampeonato mundial. O alemão venceu de ponta a ponta um Grande Prêmio da Itália no dia 10 de setembro de 2000, que também ficou marcado por um grave acidente que tirou a vida de um fiscal de pista. Schumacher quebrou o recorde de Ayrton Senna, chegando a 66 poles em Ímola, mesma pista onde o brasileiro morreu 12 anos antes.
Durante uma coletiva de imprensa após a corrida, Michael foi questionado sobre o que aquela vitória significava para ele. “Não tenho palavras. Estou muito feliz, mas esgotado. Esta vitória significa muito para mim”, disse o campeão alemão até desmoronar em lágrimas e ser amparado por Mika Häkkinen. Assista:
Maior campeão da história da Fórmula 1 com sete títulos (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004), mesmo número de Lewis Hamilton, que igualou este feito em 2020, Schumacher alcançou 68 poles, marca superada por Hamilton, hoje com 103 poles.
Ayrton Senna ainda detém o recorde de maior vencedor da história do GP de Mônaco, com seis lideranças, e até hoje é reconhecido pela imprensa internacional como a realeza máxima do circuito mais cobiçado do automobilismo.
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Schumacher disparou na largada, enquanto Rubinho Barrichello teve problemas e perdeu posições para Hakkinen, Villeneuve, David Coulthard e Jarno Trulli. Ainda na primeira volta, Barrichello tentou passar Trulli na curva Variante della Roggia, mas Heinz-Harald Frentzen perdeu o controle e atropelou quem estava à sua frente. Todos foram para a área de escape, e Pedro de la Rosa acabou capotando sobre os carros na caixa de brita, porém nenhum piloto se machucou.
Entretanto, o comissário de pista Paolo Gislimberti foi atingido por um pneu que soltou durante a confusão. O voluntário italiano chegou a ser retirado da pista ainda com vida, mas não resistiu ao impacto do acidente Conforme a lei do país, o evento deveria ter sido interrompido, porém, a corrida continuou.
Dada a bandeira verde, Schumacher e Hakkinen dispararam na frente, com Villeneuve em terceiro até a volta 14, quando o motor Honda foi pelos ares. Ralf Schumacher herdou a posição e se revezou com Jos Verstappen e Ricardo Zonta no terceiro lugar, mas, após as janelas de pit stops, consolidou seu lugar no pódio.
Na frente, Schumacher controlou Hakkinen durante todo o tempo para garantir vitória com três segundos de vantagem. Ralf fechou em terceiro, à frente de Verstappen, enquanto Zonta marcou seu penúltimo ponto na F1, em sexto, atrás de Alexander Wurz.
Com a vitória, Schumacher retomou a liderança do campeonato, dois pontos à frente de Hakkinen, iniciando uma batalha acirrada pelo título. O triunfo marcou o fim do jejum de títulos da Ferrari.
(Alice Santos, estagiária, sob supervisão de Caio Maia, repórter do Núcleo de Esportes)
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