Ensaio fotográfico de pet é nicho de mercado promissor e apaixonante
Em geral, os valores não diferem daqueles cobrados por ensaios de pessoas e podem variar de R$ 400 a R$ 500
Quem é tutor de pet não mede esforços para ver o seu bichinho feliz e para estar sempre perto desses amiguinhos. De um tempo para cá, a vontade de eternizar os momentos vividos ao lado de cães, gatos e outros animaizinhos de estimação fez nascer um novo nicho de mercado: o de ensaios fotográficos com pets, que tem crescido e ganhado um espaço cada vez maior em Belém. Os custos são semelhantes aos de sessões com humanos e variam de R$ 400 a R$ 500, a depender da quantidade de fotos e do espaço onde o ensaio será produzido, se na rua ou em estúdio. Os tutores garantem: o preço não paga a alegria de guardar para sempre as lembranças felizes com esses pequenos companheiros de vida.
VEJA MAIS
O fotógrafo Kellyson Miranda, de 38 anos, vive em Belém, com a família e dois cachorrinhos, o Kekel e o Kell, ambos da raça maltês. Ou seja, mesmo antes de trabalhar com fotografia, Kellyson já era um apaixonado por pets. “Eu costumo dizer que Deus enviou os animais para ensinar o ser humano a amar, porque até hoje eu ainda não vi amor mais sincero e honesto do que o de um pet para com seu tutor. E trabalhar com isso é um privilégio”, conta.
Ele, que também é voluntário em projetos ligados à causa animal, lembra que o trabalho profissional com pets iniciou quando uma amiga e cliente quis um ensaio dela com seus animais de estimação e daí em diante nunca mais parou. “Depois que eu virei pai de pet, isso só se intensificou. Não é a mesma coisa que fotografar pessoas, por isso, busquei cursos específicos e um deles foi o de direção fotográfica para pets, onde aprendi mais sobre comportamento animal e adestramento básico. Assim, prezo por fotos mais espontâneas e sem poses forçadas, que só vão estressar o animal”, explica.
Segundo Kellyson Miranda, que também já fez um ensaio próprio com os pets, há algumas estratégias para manter os animais tranquilos e dóceis na hora de fazer um ensaio fotográfico. “Normalmente, ofereço água, ração natural e petiscos, para ajudar a distrair e chamar a atenção nas fotos. Isso demanda tempo, paciência e muita habilidade com os pets, por isso, se o fotógrafo não tem amor aos animais, dificilmente vai funcionar. É fundamental para o trabalho sair impecável”, ressalta ele, acrescentando que, em média, uma sessão fotográfica externa, com participação da família, sai por cerca de R$ 400.
Jornalista fez até ensaio newborn de cachorrinhos
A jornalista, advogada e servidora pública Natascha Couto, de 36 anos, também mora em Belém, com a família e seis pets: cinco cachorros e um gato. São eles: A Maria da Penha, sem raça definida; o Biel Medina, a Bela Gil, o Jô Soares e a Olinda Shakira, todos chihuahuas, e o gato Miolo, sem raça definida.
Segundo ela, a paixão por pets vem de família, pois, desde cedo, foi ensinada pela mãe sobre o amor aos bichinhos. Foi todo esse amor e dedicação que a fizeram ter o desejo de eternizar momentos ao lado dos pets, o que já foi feito em várias ocasiões, inclusive o chamado ensaio newborn, que normalmente se faz com bebês recém-nascidos.
No caso dela, os personagens principais foram os cachorrinhos Jô Soares e Olinda Shakira, filhos da Bela Gil, a chihuahua mais velha que ela já tinha. “Eu acredito que as fotografias eternizam momentos que duram pra sempre na nossa memória e precisam de algo mais palpável e bonito. Fiz fotos em várias ocasiões, mas as mais especiais foram o ensaio newborn dos meus netos, porque eu sempre sonhei em ser avó de pet e queria eternizar esse sonho realizado”, conta ela, cujo ensaio custou cerca de R$ 500.
“Eu não acho que seja caro, acredito que é um investimento que vale muito a pena! As fotos ficaram lindas e o momento pode ser registrado além do meu coração. Meus pets são como meus filhos e eu amo ter registros do nosso presente e passado que possam ser visitados a qualquer momento. Eles nos presenteiam diariamente com amor e alegria e merecem espaço nos corações e porta-retratos”, arremata.
Para profissional, independente da área, fotografia precisa ser humanizada
Fernanda Lima, 21 anos, graduanda do curso de Letras, mora em Belém e é fotógrafa profissional há cerca de três anos. Logo no início do trabalho, ela tinha uma sócia, que também é sua prima, dona de três gatos. Foi assim que, em determinado momento, elas decidiram fazer um ensaio com os bichinhos e, daí em diante, o interesse pela temática só aumentou. A parceria profissional terminou, mas Fernanda seguiu em busca de referências para continuar a fazer ensaios pets, até que surgiu o convite e uma oportunidade para conduzir o ensaio newborn de cachorrinhos.
“Eu busquei outros fotógrafos que são especializados em fotografias de pets, para ver os melhores ângulos, iluminação, manejo dos animais e por aí vai. Também tenho uma formação em fotografia humanizada e, por meio dela, entendi que, independentemente da área da fotografia, ela precisa ser humanizada, seja foto de comida, pessoa, ou pets. Quero que a foto, que o ensaio seja uma experiência única, acho que isso resume o meu trabalho”, explica ela, que também é tutora de um labrador.
“O meu labrador é bastante danado, então, é sempre um desafio fazer fotos dele, logo, me divirto e treino bastante com ele. Hoje, o custo do meu trabalho é o mesmo para fotos de pessoas, inclusive, agora, já estamos nos preparativos para os ensaios de Dia das Mães, e certamente haverá muitas sessões de mães com seus filhos pets, mas, para mim, é a mesma base de orçamento”, informa.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA