Pedreira é o maior colégio eleitoral de Belém com 66 mil eleitores aptos para votar
Os números são importantes para a estratégia de campanha dos candidatos, aponta especialista
Dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), apontam que o bairro da Pedreira possui 66.093 eleitores aptos a votar, sendo o maior colégio eleitoral da capital paraense. Números como esse podem ser decisivos para os candidatos que disputam o pleito municipal em Belém e precisam dialogar com o seu eleitorado. Para que essa aproximação ocorra é necessário haver estratégias de campanha onde os candidatos consigam comunicar seus projetos e metas aos diferentes públicos e nos espaços corretos, aumentando suas chances de vitória, aponta o cientista político André Buna.
Além do bairro do samba e do amor, como é conhecido pela população, outros também aparecem com números expressivos de pessoas capacitadas para a votação em outubro. Em segundo lugar, de acordo com as informações do TRE, aparece o bairro do Guamá, que registra atualmente 63.291 eleitores. O terceiro maior colégio eleitoral da cidade vai para o bairro do Marco, com 60.748. Em contrapartida, os bairros com os menores percentuais são: Furo das Marinhas (461), Ilha Grande (329) e Paraíso (93).
O cientista político explica que as estratégias adotadas nas campanhas eleitorais são diretamente influenciadas pelo número de eleitores nos bairros, mas, também pela relação dos candidatos com cada localidade. Isso é analisado antes mesmo da escolha dos nomes que entrarão na disputa, quando os partidos avaliam a relação de proximidade entre candidatos e eleitores previamente estabelecidas em regiões específicas, assim como o orçamento disponível para implantação de estratégias. As medidas adotadas partirão dos resultados dessas análises, sempre com o objetivo de engajar o público nas campanhas eleitorais e conquistar mais votos.
“As estratégias acabam variando a depender da magnitude do distrito, do local e dos bairros onde o candidato acaba focando muito a sua participação na campanha eleitoral. Isso altera como o candidato vai se relacionar com seu público, se ele é um cara que já tem uma entrada, ele consegue ter um engajamento e um conhecimento da sua candidatura dentro do seu bairro, mas se ele tem uma campanha um pouco mais difusa, menos concentrada… eles acabam se concentrando, de fato em um local onde já possuem uma maior aceitação”, explica Buna.
Para fixar os candidatos e facilitar a sua aceitação nos espaços, campanhas mais direcionadas a um espaço específico tendem a se aproximar do público local através de outros agentes que já atuam no bairro. “Geralmente são feirantes, pessoas da comunidade, que acabam tendo uma maior interação com o público local”, afirma o especialista.
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Perfil do candidato também interfere
O perfil de cada candidato e os cargos que irão disputar também afetam as medidas adotadas para atrair eleitores. André explica que para candidaturas mais amplas, como as que concorrem ao cargo de prefeito e vice, os bairros mais populosos podem ser essenciais. No entanto, essa não é uma máxima às candidaturas menores, como no caso dos candidatos a vereadores que devem focar nos seus respectivos nichos.
Somado a esse cenário, o especialista também reforça que o partido não costuma manter candidatos que se equiparem em competitividade, para não dividir votos. De maneira geral, ele destaca que “os bairros superpopulosos são importantes para essa disputa porque eles acabam elegendo um número muito maior”. Contudo, lembra que a competição por essas localidades também é muito maior, com outros candidatos que muitas vezes possuem forças similares. “Você tem que saber dosar e entender que existem outros competidores à altura, por isso nem sempre vale a pena focar em apenas um lugar”, conclui.
Bairros com mais eleitores aptos:
- Pedreira (66.063)
- Guamá (63.291)
- Marco (60.748)
- Marambaia (49.988)
- Tapanã (49.245)
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