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Em Belém, Jefferson Lima (Podemos) quer transformar a Guarda Municipal em Guarda Civil

Candidato à Prefeitura de Belém também propõe a implantação gradual de escolas em tempo integral na cidade

Elisa Vaz

O candidato do Podemos à Prefeitura de Belém, Jefferson Lima, esteve no Grupo Liberal na última quarta-feira (4) para apresentar suas propostas aos eleitores da capital. Em entrevista aos apresentadores Abner Luiz e Elisa Vaz, ele explicou seu plano de governo e respondeu a questionamentos enviados pelos adversários, como tem sido feito com todos os candidatos sabatinados. A série vai entrevistar os nove concorrentes à Prefeitura de Belém, sempre às terças, quartas e quintas-feiras, de 12h30 às 13h30, no programa Liberal + Notícias, até o dia 12 de setembro.

Confira um trecho da conversa e o perfil do candidato:

Pergunta: Candidato, por que o senhor deseja ser prefeito de Belém? O que motivou a sua candidatura?

Jefferson: Principalmente, o desejo do cidadão. Antes de ser jornalista, repórter, empresário e comunicador, sou um cidadão que pego o dia a dia na rua, vejo o trânsito parado, vejo a insatisfação do povo nas periferias com a falta de saneamento, com água potável que, na verdade, não é potável, com água suja, enferrujada, 80% do nosso saneamento não é tratado, tem esgoto a céu aberto e, com esses 29 anos comunicando e entendendo a realidade das pessoas e com a motivação das ruas, o pedido do povo e o incentivo, isso me deu a habilitação para que eu pudesse vir como candidato a prefeito de Belém novamente.

No início do ano, houve um atrito entre o senhor e o candidato Delegado Eguchi, porque os dois anunciaram que seriam candidatos à Prefeitura pelo Podemos, a convite do senador Zequinha Marinho. Como se deu a escolha pela sua candidatura e essa aproximação com a sigla?

Não fui eu que criei nenhum tipo de atrito, acho que a democracia abrange todos os candidatos que possam participar e querer colocar seu nome à disposição. Entendo que houve uma precipitação do outro candidato ao tentar anunciar premeditadamente uma situação sem que passasse por uma convenção, por um processo de que o nosso presidente, vice-presidente e todo o colegiado do partido pudesse, realmente, entender, como você está vendo nas eleições americanas, tem as prévias, e ele não obedeceu às prévias e acabou sendo, na verdade, colocado de lado, não porque o partido quis. O partido fez uma avaliação dos candidatos, o partido entendeu que o peso daquele candidato não era dele, era de um bolsonarismo que, na época, não queria votar no prefeito atual e ele pensou que aquela bolha fosse dele e não era, tanto é que vários partidos rejeitaram e ele acabou pegando um partido sem tempo de televisão, tempo de rádio, houve todo aquele problema, mas eu sempre fiquei tranquilo, mostrei meu trabalho, meu currículo, meu trabalho como apresentador, radialista, homem do povo, me deu essa capacitação de poder continuar no front e eu agradeço ao partido por ter me escolhido para ser candidato.

O senhor já foi candidato nas eleições de 2018 (deputado estadual), 2016 (prefeito de Ananindeua), 2014 (senador), 2012 (prefeito de Belém) e 2004 (vereador), mas nunca se elegeu. Agora, aparece em 4º na pesquisa Quaest (14% - estimulada). O que o senhor enxerga de diferente na sua trajetória atual, em comparação com os outros pleitos?

Eu estou com mais idade, estou mais experiente, cuido do meu filho, sou pai, sou marido, aprendi muita coisa na minha vida, aprendi a buscar mais entendimento, busquei me informar muito mais, não só sobre a cidade, informações de papel, mas a minha vida in loco, com a periferia, nos ônibus, na vala, na rua. Por exemplo, se eu falar hoje que o pessoal lá na Irmã Adelaide está sofrendo, muito candidato não sabe nem onde é, que fica lá no Tapanã. O pessoal que mora, por exemplo, lá no Cordeiro de Farias, onde fizeram meu meme, aquelas pessoas estão lá desassistidas e não são vistas. Então, eu penso que esse meu trabalho intenso com a periferia, e não só como repórter, eu sou mais humano ainda quando as câmeras se desligam, porque a gente para de fazer a matéria e eu continuo lá para tomar um café com a dona Maria, o seu João está lá me contando a história da perna dele que vai ser amputada porque não tem um médico para cuidar dele, converso com a dona Tereza, que está há sete meses querendo um óculos e não consegue, então são essas pontuações que a gente trouxe para o nosso plano de governo. Eu conheço o problema e estou chamando uma gama de especialistas, pessoas que estão me ajudando a compor o plano de governo, exequível, sem viagem, sem delírio, dentro da capacidade financeira do município.

No seu plano de governo, o senhor propõe a implantação gradual de escolas em tempo integral em Belém. Como pretende viabilizar essa mudança, considerando a infraestrutura existente e os recursos disponíveis?

Os recursos disponíveis você sabe que são oriundos do Fundo Nacional da Educação Básica. Quando você vai buscar e mostrar que quer implementar uma escola em tempo integral, obviamente, o governo federal vai nos ajudar nisso. A Secretaria Municipal de Educação (Semec) vai planejar para que isso aconteça. Se em São Paulo já existe, se no Rio de Janeiro já existe, se em Belo Horizonte existe, por que a gente não pode pegar um planejamento de coisas que deram certo e implementar na nossa cidade? Nós temos o contraturno que não é utilizado. O aluno chega na sala de aula, não se sabe se ele está motivado, não temos a percepção se aquele aluno está aprendendo noções básicas, e a escola em tempo integral, que pode ser um projeto piloto, não dá para fazer nas 200 escolas que temos, mas começar a pontuar algumas coisas para buscar mais recursos e melhorar a infraestrutura para que isso possa ser um marco na história da educação da nossa cidade.

O senhor menciona a transformação da Guarda Municipal de Belém em Guarda Civil de Belém. Quais serão as principais mudanças nessa transformação e como ela impactará a segurança na cidade?

Quando a gente vai a São Paulo e acontece, por exemplo, um assalto em uma praça, quem está à frente é a Guarda Civil Metropolitana. Aqui a gente quer transformar em Guarda Civil de Belém, primeiro para dar uma moral para o guarda municipal. Segundo porque eles têm que ter qualificação, temos que chamar o Exército, a própria Polícia Militar, para fazer uma pactuação com eles e eles possam ser treinados e capacitados para ficar nos logradouros públicos, nas praças, nas feiras, 24h. E teve um candidato que falou que vai ampliar para 3 mil guardas municipais, ele está louco, porque, pela lei municipal, o teto é de 2 mil guardas. Hoje temos mil guardas municipais e 170 mulheres, e mais 26 da administração. A gente vai passar para os 2 mil guardas, que é o que a lei tolera aqui, e esse guarda vai ser treinado e capacitado e vai ser uma guarda preventiva, vai pegar o ladrão para entregar à polícia. A nossa Guarda Municipal vai ter poder de polícia, preparada psicologicamente e mais, treinada e valorizada.

Perfil do candidato

  • Idade: 49 anos
  • Gênero: Masculino
  • Cor/raça: Branco
  • Estado civil: Casado
  • Formação: Ensino médio completo
  • Ocupação: Locutor e comentarista de rádio e televisão e radialista
  • Naturalidade: Belém (PA)

Fonte: TSE

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