Edmilson Rodrigues propõe frota de 213 ônibus para Belém e rebate críticas à sua gestão
Projeto para transporte municipal será custeado com recursos federais e de fundos de financiamento
Abrindo a última rodada de entrevistas com os candidatos à prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que tenta a reeleição, esteve nos estúdios do Grupo Liberal nesta terça-feira (10/9) e apresentou seu plano de gestão. Ele defende principalmente a recuperação do setor de transporte através da aquisição de uma frota própria com 213 ônibus, custeados com recursos federais e de fundos paralelos. O candidato também aproveitou o espaço para rebater as críticas feitas a sua gestão, destacando uma pressão política, que, segundo ele, travou melhorias no segmento.
O candidato explica que a estruturação da nova frota será subsidiada com recursos federais e de fundos de financiamento. Do total de 213 ônibus, serão 30 elétricos, 45 micro-ônibus distribuídos igualmente entre os distritos de Belém: Outeiro, Icoaraci e Mosqueiro e os demais apenas com ar-condicionado e wi-fi. A administração da frota municipal ficará sob responsabilidade da prefeitura e os 10 primeiros ônibus elétricos devem rodar ainda nesta semana, como afirma o candidato.
“Os motoristas já estão treinados e hoje o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) liberou os primeiros licenciamentos, dos três primeiros, de modo que quinta ou sexta-feira, nós já teremos os primeiros ônibus fazendo a linha estação mangueirão e são brás, até comprarmos mais ônibus elétricos”, afirma.
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Renovação de frota
Edmilson também dá ênfase ao acordo entre a prefeitura, o estado e as empresas para incentivar a compra de novos ônibus pelas operadoras do serviço, após dois anos de prejuízos decorrentes da pandemia. Nesse acordo, a prefeitura deixou de recolher o imposto municipal e algumas taxas de gerenciamento, que representam um aporte milionário para o município, como forma de subsídio para a aquisição de 300 novos ônibus. Desse total, 51 já foram adquiridos, mas ainda não estão em funcionamento, demora que o candidato do Psol, associa a pressão política contrária a sua candidatura.
“Tem dois meses que os ônibus estão na garagem e eles não querem colocar pra funcionar, porque tem uma pressão política. Os empresários por adesão ideológica a uma candidatura ou por medo de uma família poderosa, não estão colocando os ônibus comprados com dinheiro público na rua e esse é o acordo que está na justiça”, questiona.
Para essa renovação de frota são exigidos que os 300 ônibus sejam adaptados a pessoas com deficiência, com ar-condicionado e sistema de wi-fi. Esses veículos estão sob administração das empresas de transporte que operam na cidade.
Avaliação negativa
Questionado sobre os 69% de rejeição a sua gestão apontados em pesquisas recentes, Edmilson argumenta que não considera essas avaliações prévias. Para ele, é mais importante questionar “quem encomendou a pergunta". Ainda destaca que os números podem se justificar por conta dos dois anos iniciais da gestão, que ele descreve como “de muito perrengue”, sem apoio do governo federal, que ainda não tinha Lula como presidente.
“Nós pegamos dois anos de muito perrengue… o povo sabe que a cidade estava arrebentada e eu não parei de trabalhar um dia, só que nós tivemos uma covid. Os órgãos estavam parados, empresas paradas, muito desemprego e gente doente, mas ninguém morria sem assistência em Belém. Se houve escândalo de respiradores foi em governos anteriores pelos quais eu não tenho responsabilidade”, explica.
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