Voos diretos de Belém para os Estados Unidos voltam em dezembro
Expectativa do Estado é que as viagens fortaleçam o turismo de lazer e o ambiente de negócios
A conexão entre Belém e a cidade Fort Lauderdale, no estado da Flórida (EUA), será retomada a partir de 15 de dezembro deste ano. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 11, na capital, em coletiva que contou com a participação da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da companhia aérea Azul.
Os voos diretos entre o Estado do Pará e os Estados Unidos foram interrompidos em 2020 após a deflagração da pandemia. Desde o final do ano passado, o governo americano suspendeu as restrições impostas e já permitia que turistas brasileiros viajassem desde que estivessem vacinados. De acordo com secretário de Turismo, André Dias, ao longo desse período, o Pará adotou uma série de medidas estruturantes que viabilizassem a oferta das viagens internacionais, bem como intensificou a divulgação dos destinos turísticos locais.
“A retomada desse voo é crucial tanto para o turismo de negócios quanto para o turismo de lazer. A conexão do Pará com os Estados Unidos possibilita que toda uma cadeia de negócios possa se desenvolver e se consolidar, e também a gente pode receber mais turistas americanos aqui no Pará, que é um dos principais destinos da região amazônica e que abre as portas dessa região Norte”, pontuou Dias.
Entre as iniciativas que favoreceram essa retomada estão a requalificação de aeroportos regionais, que tem voos regulares com a capital, que servem para alimentar voos de maior porte. “Pelo fato de você ter uma aviação mais forte no estado do que eu tinha lá atrás, ela viabiliza uma operação internacional mais robusta. E é essa a nossa intenção: fazer um voo mais robusto do que nós tínhamos lá atrás”, afirmou o Gerente de Relações Institucionais da Azul, César Grandolfo, que ressaltou a importância das ações do Governo do Estado, bem como a crença no potencial do mercado local.
“Em Belém, a gente está nesse momento de maturidade das operações. A gente entende que com o número que operações que a gente tem hoje aqui é viável colocar um voo internacional, que é um voo que nós já operávamos antes da pandemia. Com esse cenário que nós temos, a gente entende que a retomada é mais do que viável. A gente acredita muito nessa rota internacional e que Belém está pronta para essa nova etapa da parceria com o Governo do Estado”,
A companhia informa que as viagens para Fort Lauderdale serão realizadas por uma aeronave modelo Airbus A320neo, com capacidade para 174 passageiros, porém ainda não há definição sobre a frequência semanal de voos e os horários nem quando a venda de passagens vai iniciar, já que isso depende de estudos em desenvolvimento que vão orientar essa decisão.
A expectativa, no entanto, é que a reinclusão do estado na rota internacional com a principal economia do mundo possibilite o incremento das atividades econômicas já existentes. “O mercado da carne já abriu mais um passo para o mercado americano. Esse voo vai facilitar que os nossos frigoríficos, que são os mais modernos, possam entrar nesse mercado dos Estados Unidos, como já tem na China e outros espaços. O Pará é o maior estado minerador também. Essa interligação do Pará com o mundo e com os nossos municípios é de fundamental importância para que a gente tenha esse ambiente de negócios mantido”, destacou o titular da Sedeme, José Fernando Gomes Jr.
Já André Dias também acredita que toda a economia pode se beneficiar da maior oferta de voos, por isso a estratégia é de manter contato com outras companhias para que seja estabelecida ligação com mais destinos. “Nós montamos, por determinação do governador Helder Barbalho, um pacote de incentivos fiscais para que as companhias aéreas possam ampliar a sua malha aérea aqui no estado. Isso foi feito no ano passado e, em decorrência desses incentivos, nós temos conseguido atrair mais voos”, disse o titular da Setur, que tem entre seus planos a inclusão de rotas entre Belém e a França e a Espanha.
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