Veja quanto custa comprar e instalar ar-condicionado em Belém

As vendas estão aquecidas. A maioria das compras é parcelada em vez de à vista, e os produtos que mais saem estão na faixa de R$ 1.799 (aparelhos de 9 mil Btus) a R$ 2.200 (12 mil Btus), e alguns estoques zeraram. Este é o cenário atual do mercado de aparelhos de ar-condicionado em Belém.

Vendedores, supervisores e consumidores ouvidos pela reportagem, na última quarta-feira (17), em um grande supermercado na avenida José Bonifácio, em São Brás, e em duas lojas de departamento em um shopping center no Reduto, disseram que os estabelecimentos aproveitam a boa fase para fazer ofertas e potencializar ainda mais a demanda.

Em geral, as compras são no cartão externo, com até 10 mensalidades, e os clientes preferem modelos splits aos de janela. “Eu quero um produto barato e econômico e a gente direciona para o modelo Inverter”, disse o funcionário do setor de eletrônicos do citado supermercado, Cláudio Azevedo dos Santos, referindo-se às falas mais recorrentes dos consumidores.

Menor preço e consumo de energia

“Os aparelhos que mais saem são os de 9 mil Btus, na faixa de R$ 1.840, e os de 12 mil Btus, de R$ 2.200”, acrescentou Cláudio Azevedo dos Santos, que tem 12 anos de casa, no supermercado. Ele explicou que tem mostrado a tecnologia inverter porque ela controla o fluxo de energia, e isso diminui o consumo e o valor da conta de luz, o que ajuda a fechar as vendas.

Supervisora de uma das duas lojas visitadas no shopping do Reduto, Carolyne Saraiva Fernandes disse que a venda de ar-condicionado despencou entre abril e maio deste ano, mas, de junho para cá, pegando carona no Dia dos Pais, comemorado no dia 14 de agosto, o crescimento é espetacular.

“A venda cresceu absurdamente, num percentual de 17% para 52%. Este crescimento é muito bom para gente, chega a ser a metade do nosso faturamento. Isso porque também a gente trabalha com o serviço de instalação”, afirmou Carolyne, que completará 9 meses na função de supervisora no próximo mês de setembro.

Vendas dispararam de junho para cá

Carolyne Fernandes informou que a loja tem vendido aparelhos diariamente. “Eu fiz esse levantamento. Em maio, a gente vendeu cinco aparelhos, em junho, 20; agora em agosto, já vendemos 25, e o mês não fechou. O que mais sai tem valores parecidos, são a split de 9 mil Btus (R$ 1.799,00 a R$ 1.899,00), e a de 12 mil Btus R$ 2.249,00. Num comparativo de preços, o valor fixo que sai mais para gente aqui é a Split Springer de 1.899,00, com 10 anos de garantia”, enfatizou a supervisora.

“É verdade. Estamos vendendo muito. Belém está quente demais”, disse o vendedor da segunda loja visitada no shopping, sobre a venda de ar-condicionado. Ele preferiu não ser identificado, mas informou os preços do estabelecimento. Nessa loja, uma split inverter TCL de 9 mil Btus está a R$ 2.199,00; a de 9 mil Btus Gree Convencional, R$ 1.799,00 (entrega para 13 dias úteis); e a de 9 mil Btus TCL Convencional, R$ 1.899,00.

Custo de instalação é à parte

De acordo com os funcionários das lojas, em geral, os clientes se preocupam, de imediato, com o serviço de instalação dos aparelhos. As duas lojas do shopping cobram uma taxa, à parte, pelo serviço, que é terceirizado. Ou seja, realizado por empresas ou autônomos do ramo de eletricidade. Esta taxa varia de R$ 659,00 a R$ 799,00, e tem três meses de garantia.

“Isso da taxa fica claro para o cliente. Ele recebe um bilhete, com um certificado informando o valor da taxa de instalação. Eles (terceirizados) dão o fio de cobre, colocam o gás, entre outras coisas. O valor da taxa a gente também pode parcelar por até 10 vezes, sem juros, aí ficam 10 parcelas de R$ 65,00, não sai tão pesado”, palpitou Carolyne Fernandes.

O prazo médio para a instalação é de até 48 horas. As terceirizadas trabalham de segunda-feira a sexta-feira, inclusive nos feriados. “Este mês de agosto eu já vendi até três unidades para uma única família; eles estavam comprando pela primeira vez porque disseram que não estão aguentando o calor. Há produtos em oferta, outros zeraram o estoque, estamos esperando a chegada de mais pedidos feitos”, disse sorrindo o vendedor do supermercado, Cláudio Santos.

Perto de Cláudio Santos, no setor do ar-condicionado do supermercado, estava o taxista Diego Augusto, que procurava um aspirador, mas aproveitou para sondar os preços dos ar-condicionados.

O taxista contou que queria um aspirador para limpar o carro com o qual trabalha, assim economizaria o consumo de água e da energia elétrica da casa dele. Ele já tem um aparelho de ar-condicionado e o usa com parcimônia, também para reduzir o consumo da luz.

“É aquela coisa, tem de equilibrar, o ventilador com o ar-condicionado, a energia está um absurdo de cara. Há três meses, eu pagava R$ 200,00, no máximo. Hoje, estou pagando R$ 450, 00, e isso economizando”, afirmou o trabalhador do volante.