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BC eleva Selic pela 1º vez no 3º mandato de Lula; entenda

Alta ocorre após duas reuniões em que o colegiado optou pela manutenção da taxa

Cícero Cotrim e Célia Froufe / Estadão Conteúdo
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira, 18, elevar a taxa básica de juros, a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, em decisão unânime. Esta é a primeiro alta de juros no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um ferrenho crítico do aumento das taxas. O último aumento da taxa havia sido em 3 de agosto de 2022.

A possibilidade de uma alta gradual, neste que parece ser o início de um ciclo de aperto monetário, havia sido cogitada pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto. A alta de juros era a aposta majoritária do mercado: 53 de 61 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast. Seis casas previam manutenção do juro e duas apostavam em elevação de 0,50 ponto da Selic.

A alta ocorre após duas reuniões em que o colegiado optou pela manutenção da taxa. A estagnação da Selic, por sua vez, se seguiu após um ciclo de sete baixas que se estendeu até maio.

Juro real

Com a decisão de alta de 0,25 ponto de hoje, o juro real - descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses - do Brasil está em 7,33%, segundo levantamento do site MoneyYou. O País está atrás apenas da Rússia (9,05%).

A média das 40 economias pesquisadas é de 0,63%. Segundo o BC, o juro neutro brasileiro, que não acelera nem alivia a inflação, é de 4,75%.

Na tarde de hoje, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, cortou os juros em 0,50 ponto, para o intervalo de 4,75% a 5% ao ano.

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Economia
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