Veja os suvenires mais procurados pelos turistas; vendas podem dobrar com a COP 30 em Belém

Vendedores falam sobre as ‘lembrancinhas’ mais procuradas pelos turistas que visitam a cidade e acreditam em aumento significativo nas vendas neste ano de 2025

Jéssica Nascimento
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A diversidade cultural de Belém reflete nas lembranças adquiridas pelos turistas que visitam a cidade, especialmente aquelas que envolvem a fauna e flora amazônicas. A expectativa dos vendedores locais de suvenires é de um aumento expressivo nas vendas durante eventos como a COP 30, que, segundo artesãos e comerciantes, pode impulsionar as vendas em até 100%.

Quando turistas chegam a Belém, são atraídos não apenas pela exuberância cultural da cidade, mas também pelos produtos que refletem a identidade local. Entre os itens mais procurados, destacam-se as biojoias, peças de artesanato feitas com sementes de açaí, jarina e paxiúba, além de objetos que representam a fauna amazônica, como tucanos, araras e onças.

image Suvenires são lembrancinhas ou artigos característicos do local em que é vendido, geralmente para presentear alguém (Foto: Ivan Duarte)

Jaqueline Soares, artesã há nove anos e vendedora de artesanato e biojoias no Solar da Beira, no complexo do Ver-o-Peso, revela que colares, pulseiras e brincos feitos com sementes de açaí são os itens mais cobiçados. “Muita gente já conhece o açaí, mas as biojoias feitas com suas sementes são novidades para quem vem de fora. Além disso, o trabalho com penas de aves, como tucanos e araras, também é bastante procurado”, explica.

image Vendedora Jaqueline Soares mostra objetos mais vendidos para turistas. (Foto: Ivan Duarte)

Em relação aos preços, Jaqueline destaca que as pulseiras simples custam em torno de R$ 5, mas os itens feitos com materiais mais sofisticados, como o capim dourado, podem chegar a R$ 50. "O capim dourado não é de Belém, mas é muito procurado pelos turistas e está entre os produtos mais caros que vendemos", afirma.

Lembranças utilitárias e decorativas

Já para aqueles que buscam lembranças mais utilitárias ou decorativas, os itens de cerâmica e artesanato marajoara são os mais procurados. Joabe Brito, vendedor de objetos artesanais no mesmo local, menciona que os turistas frequentemente buscam jogos de feijoada, pratos de parede e vasos decorativos. 

image Vendedor Joabe Brito. (Foto: Ivan Duarte)

“A demanda por peças utilitárias, como o jogo de feijoada e travessas, é grande, mas as peças decorativas, como os pratos de parede e os vasos, também têm boa aceitação”, explica.

O vendedor conta que os copos simples, que são mais acessíveis, custam cerca de R$ 5. Ele também vende jogos de feijoada completos, que têm 43 peças, mas que também podem ser vendidas de forma separada. 

Expectativas de crescimento com a COP 30

A chegada da COP 30 à capital paraense está gerando grandes expectativas entre os comerciantes locais. Para Jaqueline, o evento tem potencial para duplicar suas vendas, principalmente devido à grande visibilidade internacional que Belém estará recebendo. "Eu creio que, com a COP 30, minhas vendas podem aumentar em até 100%. Além do evento, temos o Círio de Nazaré, o que vai gerar uma grande movimentação de turistas", comenta.

image Entre os itens mais procurados, destacam-se as biojoias, peças de artesanato feitas com sementes de açaí, jarina e paxiúba. (Foto: Ivan Duarte)

Joabe, por sua vez, acredita que as vendas podem crescer ainda mais. "Nosso otimismo é grande. Estamos esperando um aumento de até 500% nas vendas durante eventos como a COP 30", diz, destacando a experiência positiva de vendas durante eventos internacionais anteriores.

image Joabe Brito afirma que os turistas frequentemente buscam jogos de feijoada, pratos de parede e vasos decorativos. (Foto: Ivan Duarte)

Turistas brasileiros e internacionais

Os turistas que mais consomem os produtos artesanais de Belém vêm de várias partes do Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Bahia. A vendedora Jaqueline Soares relata que, entre os turistas internacionais, a compra de lembranças ainda é mais tímida. "Os americanos, por exemplo, preferem tirar fotos e conhecer a cultura, mas compram menos", afirma.

Victoria Barros, viajante frequente e professora de dança, também compartilha sua experiência. "Gosto de presentear meus amigos com as lembranças regionais, como os pratinhos de parede e as biojoias. Para mim, é uma forma de levar um pedacinho de Belém para os meus amigos, principalmente aqueles que moram fora", comenta.

image Victoria Barros. (Foto: Ivan Duarte)

Um olhar no futuro: o turismo de experiência

O aumento esperado nas vendas durante a COP 30 reflete não apenas o interesse dos turistas por lembranças físicas, mas também o crescimento do turismo de experiência. O evento é uma oportunidade para Belém se consolidar como um destino turístico internacional, com seu artesanato e cultura como protagonistas.

Com uma variedade de opções que atendem desde os turistas em busca de decoração para suas casas até os que buscam um presente único e regional, os vendedores esperam que o ano de 2025 seja um marco para o crescimento do comércio local.

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