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5G segue instável em Belém. Operadoras lembram que implantação é gradual

Sinal segue instável e muitos não possuem aparelhos compatíveis à nova frequência

O Liberal
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Passadas mais de três semanas da implantação do 5G em Belém, a maioria dos usuários de internet da capital paraense seguem sem acesso à tecnologia que promete ser mais rápida que a atual 4G, seja por falta de um celular capaz de receber o sinal dela ou por instabilidades na conexão.

Valdilene Teixeira é comerciante no município de Castanhal e vem com a frequência a Belém, o que deixou ela esperançosa com a possibilidade de conhecer a nova tecnologia. Mas até agora, nada.

"A internet é essencial para o meu trabalho pois sou do ramo de atendimento, prestação de serviços. Mas só consigo utilizar o 4G, nunca liguei para perguntar para a operadora. Essa implantação vai facilitar muito, mas aqui no Pará ainda temos pontos em que nem o 4G pega bem, como em alguns bairros mais distantes da minha cidade de origem", afirma.

image Mateus conta que não conhece nenhum amigo que já tenha usado o 5G em Belém (Ivan Duarte/O Liberal)

Prestes a se formar em biomedicina na Universidade do Estado do Pará, Mateus Tavares não tem um celular habilitado para o 5G, como Valdilene. Mesmo assim, a expectativa dele para a nova tecnologia é alta. Ele lamenta que nem ele e nem os amigos próximos tenham experimentado a nova frequência.

"É de extrema importância para pesquisas, trabalhos, curso a distância, consultas, contato para a família. Acesso a internet virou vital. Até o momento não tive contato com o 5G. Fiquei sabendo da chegada a Belém, mas não conheci ninguém que usou. Talvez falte investimentos para ampliar o sinal, mas acredito que ainda irá melhorar muito", avalia. 

Operadoras afirmam que processo é gradual

Desde a chegada do sinal em Belém, as operadoras tem sublinhado que o processo não é imediato e que a tendência é o sinal ir ficando mais abrangente e eficiente. Na opinião de Marcelo Campos, diretor da Vivo no Norte do Brasil, como toda tecnologia, é preciso entender os casos de uso, seja para uso doméstico ou para a indústria e empresas.

"Neste momento inicial, entendemos que é preciso desmistificar que é preciso fazer alto investimento para usufruir de uma tecnologia. Mais de 70% dos aparelhos comercializados pela Vivo são 5G, desde os smartphones de entrada, iniciando em R$ 1.379,00 até dispositivos da linha premium", argumenta ele, ao lembrar que a busca dos clientes da operadora por informações sobre o 5G tem aumentado.

Até o momento, a Vivo opera o 5G nos bairros de Batista Campos, Campina, Cidade Velha, Cremação, Fátima, Guamá, Jurunas, Marco, Nazaré, Pedreira, Reduto, São Brás, Telégrafo e Umarizal.

Em nota, a Claro afirma que segue em fase de implantação acelerada da sua rede em Belém, que já irradia nos bairros Batista Campos, Campina, Nazaré, Reduto, Coqueiro, Cremação, Jurunas, Umarizal e São Brás.

"É importante reforçar que essa é apenas a fase inicial. Atualmente, 70% dos aparelhos disponíveis no portfólio da Claro são compatíveis com a tecnologia", pontua.

Já a Tim opera a nova frequência em 23 bairros da cidade e destaca que a cobertura de lançamento já é bem maior que o mínimo exigido pelo órgão regulador, mas que nesse momento inicial da nova tecnologia, há necessidade de alguns ajustes técnicos pontuais para otimização da rede.

"Isso é normal e nossos técnicos estão atentos a essas oportunidades", disse em nota a operadora, que também diz acreditar que datas e eventos importantes para o comércio, como a Black Friday, Copa do Mundo e Natal, podem ser determinantes para tornar os preços mais acessíveis e ampliar as vendas de celulares com 5G. 

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