Tendência ‘Barbiecore’ domina comércio e aquece vendas em Belém
Sucesso do filme provoca aumento da procura por produtos cor-de-rosa
O lançamento de Barbie dominou o mercado cinematográfico brasileiro. Somente nos primeiros dias de exibição, o filme arrecadou mais de R$ 84,9 milhões em bilheteria e atraiu 4,15 milhões de espectadores no país. Mas o sucesso da obra pode ser notado em outros segmentos econômicos, como é o caso do varejo de roupas que investiu na oferta de produtos cor-de-rosa para atender aos fãs que querem ir ao cinema a caráter. Em Belém, a chamada tendência Barbiecore também está presente e ajudou a aumentar as vendas no comércio nesse período.
Nas ruas do centro comercial da capital, a variedade de itens disponíveis é grande e abrange desde produtos licenciados em grandes lojas, peças estampadas com a marca da boneca mais famosa do mundo e até outros que chamam atenção apenas por serem em tons de rósio. Mesmo após uma semana da estreia, os trabalhadores do comércio dizem a demanda pelos looks da moda continua em alta.
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“A procura foi muito grande por causa do filme. Fizemos a exposição na frente da loja e o pessoal comprou bastante tanto que já estamos com menos da metade dos produtos que tinha em estoque”, conta Maria da Paz, que é gerente de um estabelecimento localizado na rua João Alfredo. No local, um dos atrativos são as blusas cropped a partir de R$ 9,99, mas Maria diz que a variedade de estilos e públicos atendidos também ajudou a aquecer as vendas.
“O que mais saiu foram os conjuntos que estão por R$ 69,90, mas temos também as roupas infantis que são a partir de R$ 39, além de peças como shorts e camisas para o público masculino”, comenta a comerciante.
O segmento informal também entrou na onda Barbiecore e, com isso, conseguiu alavancar o faturamento nessa época que é tradicionalmente dedicada aos gastos relacionados ao verão.
“Teve bastante procura. A gente procurou oferecer mais blusas, que era o que mais estavam pedindo. Colocamos num preço bem barato e está saindo bastante. A gente achou que esse movimento ia ser só antes, mas já passou a estreia e ainda está em alta”, diz Mayara Gonçalves, que possui uma barraca na esquina da travessa Padre Eutíquio.
“A Barbie foi a salvação porque de julho a setembro o movimento fica mais fraco”, afirma a vendedora ambulante Márcia Silva, que há 20 anos trabalha no bairro da Campina com oferta de confecções para o público infantil.
“A minha filha, que sempre gostou de Barbie, que falou que ia lançar o filme. Então, resolvemos pedir para nossas fornecedoras as roupas da Barbie para colocar na banca. A saída ainda estava bem fraquinha, mas agora, com o filme, melhorou bastante”, acrescenta Márcia Silva, que fala que ainda pretende ir ao cinema para levar a neta e assistir o sucesso do momento.
Assim como ela, muitos consumidores ainda circulam pelo comércio em busca das roupas que remetem à personagem. Na manhã desta quarta-feira (26), uma delas era a dona de casa Ana Beatriz, de 18 anos, que foi atrás de um conjunto para a filha Aryella Sophia, de 2 anos. “Nós ainda vamos no cinema, mas tem que ter o look, a sandália, a bolsinha, tudo que a Barbie tem direito”, brinca.
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