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Temperaturas mais altas aumentam preço das bebidas em Belém, aponta pesquisa

Segundo o Dieese, o setor teve um aumento de 20% em relação a 2023

Kamila Murakami
fonte

Com a chegada do verão amazônico e as altas temperaturas registradas no Pará, os paraenses precisam aumentar a quantidade de ingestão de líquidos para tentar reduzir os danos causados ​​pelo calor intenso. No entanto, devido à alta procura, o preço das bebidas no Pará teve um reajuste de pelo menos 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de um levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

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Ainda de acordo com a pesquisa, o reajuste supera em mais que o dobro da inflação estimada para o mesmo período, que esteve em torno de 4,00%. De acordo com o Dieese, o valor pago pela água mineral - principal fonte de hidratação em altas temperaturas - é considerado caro no Pará.

Conforme mostrado no levantamento, nos supermercados da Grande Belém a unidade do copo de 200ml de água mineral pode ser encontrada com os preços variando entre R$0,49 e R$1,28. Já a unidade da garrafinha de água de 330ml varia de R$0,98 a R$1,08.

Nos bares e restaurantes, o valor cobrado pode chegar até o dobro. Já a água de coco, que é bastante consumida em todo o Estado, pode ser encontrada com preços que podem chegar a mais de R$10,00 (unidade do coco).

Drinks como opções para refrescar 

Além da água mineral, da água de coco e dos sucos naturais, tem gente que não abre mão de uma bebida bem gelada nesta época do ano. Para atrair os consumidores, os empreendedores e donos de bares paraenses apostam em misturas refrescantes, como por exemplo abacaxi, cumaru e priprioca.

Uma outra novidade no setor é a aposta em bebidas que não levam álcool na composição. A empreendedora Thays Ribeiro, 36, destaca que o público tem procurado cada vez mais por essa opção.

“As bebidas não alcoólicas ou com baixo teor de álcool estão super em alta, são uma tendência na coquetelaria. Em média, a cada 10 bebidas vendidas, duas são em álcool”, conta.

A empreendedora cita ainda que durante os meses em que faz mais calor os drinks mais procurados são os que usam frutas mais frescas na produção. “Nesse período as pessoas procuram muito mais por bebidas refrescantes mesmo. Acaba se tornando o carro chefe”, destaca.

Já para quem prefere as bebidas com álcool, as opções também são variadas. Daniel Leite é dono de um dos bares mais populares da capital paraense, ele conta que um dos drinks mais procurados na casa faz referência ao aspecto natural das pororocas.Segundo o empreendedor, a ideia é provocar no consumidor uma experiência gastronômica, regional e altamente refrescante.

“Nós sempre fomos muito tradicionais em nossas bebidas, principalmente nos mais cítricos que são os mais refrescantes devido ao nosso clima. Então, a gente sempre busca usar muito o tempero paraense, inovando com os drinks para deixar ele[cliente] mais confortável para lidar com esse calor”, pontua.

image Daniel Leite é empreendedor no setor há mais de sete anos (Cristino Martins / O Liberal)

Daniel conta que, devido ao aumento dos insumos, precisou reajustar o valor cobrado nas bebidas, que atualmente varia entre R$ 28 a R$ 40. Porém, apesar da mudança no preço, ele diz que a procura não diminuiu.

“Os insumos não param de subir, então a gente teve que se adequar. Teve uma mudança de pelo menos 5% nos preços, mas sempre se baseando em bares específicos; a gente leva muito em conta os cardápios para não extrapolar o preço e estar de acordo com o mercado, além de oferecer um preço que seja bom pra gente e para o cliente”, completa Daniel.

Frutas mais caras

No caso de bebidas que utilizam frutas como ingredientes, a correção pode estar relacionada ao aumento dos preços das frutas. Ainda segundo o Dieese, a maioria dos deloas é mais cara e com reajustes acima da inflação estimada para o mesmo período.

Entre as frutas que mais sofreram reajuste estão o limão (62,70%), seguido da tangerina (30,66%) e o abacaxi (30,56%). 

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