11º Startup Day destaca inovação e oportunidades para a COP 30 neste sábado (22), em Belém
Promovido pelo SEBRAE, o evento levou empreendedores locais para debater o futuro da Amazônia e o papel das soluções digitais no crescimento da região


Neste sábado (22), o Sebrae no Pará promoveu a 11ª edição do Startup Day Belém, reunindo cerca de 100 empreendedores e interessados em empreender no Anfiteatro Coliseu das Artes, no Espaço São José Liberto, em Belém. O evento, que teve início às 9h, teve como objetivo posicionar os negócios paraenses no centro das discussões globais sobre inovação e sustentabilidade, com especial atenção para as oportunidades geradas pela COP 30, marcada para 2025.
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Com o tema "O Futuro é Amazônia", o evento focou em apresentar como a inovação pode contribuir para o desenvolvimento da região, principalmente no contexto da preparação para a COP 30, que trará cerca de 60.000 pessoas para Belém. Além de palestras e painéis sobre inovação, sustentabilidade e empreendedorismo, o evento também promoveu o networking entre os participantes, permitindo que empreendedores locais conhecessem novas soluções para seus negócios.
Para o superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, a relevância do evento e do tema deste ano está em poder falar sobre a potência da inovação na Amazônia, mostrando que a região tem um grande potencial para contribuir com o mercado global. Ele ressaltou que ações como essa são essenciais para o fortalecimento de micro e pequenas empresas. "Inovação é sobre como fazer de maneira diferente algo para melhorar a performance empresarial, desde um picolezeiro até uma boleira", completou.
"O que a gente vem falar hoje é de uma maneira muito ampla, como melhorar a vida dos pequenos negócios e fazer com que a Amazônia esteja cada vez mais pronta para chegar no futuro que nós queremos", pontuou Magno.
Transformação
Um desses negócios é o de Milena Moraes, CEO de uma deep tech que busca conectar a ancestralidade amazônida ao agrotech, destacou a importância do evento no desenvolvimento da inovação na região. "Toda essa movimentação tem sido fundamental para dar visibilidade a negócios como o meu, que buscam alavancar a tecnologia enquanto respeitam e valorizam a cultura local. O Startup Day é uma oportunidade de aprender, fazer novas conexões e mostrar como a Amazônia tem muito a oferecer quando se trata de inovação e sustentabilidade", afirmou Milena. Para ela, o evento serviu como uma plataforma para promover a transformação do ecossistema de inovação da região, especialmente no contexto da COP 30.
Para ela o evento serve como um espelho: "Startups como a minha, uma deep tech, enfrentam desafios específicos, como a necessidade de pessoal altamente qualificado e recursos financeiros robustos. Programas como esse ajudam a superar essas dificuldades e aceleram o desenvolvimento dessas empresas."
Renato Lima, fundador de uma empresa especializada no desenvolvimento de jogos, também participou do evento e compartilhou sua visão sobre as oportunidades que surgem no mercado local. "Eu acredito que a colaboração e a movimentação que tem acontecido em Belém para acelerar esses negócios fazem com que desenvolvedores e outros negócios focados no online se voltem para o mercado local", disse Renato. Para ele, o Startup Day foi uma oportunidade para conectar pessoas, trocar experiências e encontrar caminhos para o crescimento dos negócios locais.
Para o desenvolvedor, apesar do seu setor ser um mercado global, ele observa que a movimentação em Belém tem impulsionando bastante os negócios locais. "O interesse por soluções digitais, especialmente em jogos e entretenimento, só cresce, e o Startup Day é um exemplo claro de como a cidade está se destacando como polo de inovação. Claro, ainda enfrentamos desafios com infraestrutura digital, mas o cenário está mudando. A cada evento, mais empreendedores se conectam, novas startups surgem, e o mercado digital ganha força", comentou Renato.
O evento também foi marcado pela reflexão sobre os legados que a COP 30 pode deixar para a cidade e o Estado. Rubens enfatizou que, além das melhorias em infraestrutura, como ruas e acessibilidade, o maior legado será a transformação da mentalidade dos empreendedores e da população local. "O maior legado será a mudança na cabeça dos nossos empreendedores e da nossa população, fazendo com que o Pará seja visto mundialmente e se torne um grande celeiro de turismo", finalizou.
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