Sombrinhas em alta: o impacto das chuvas nas vendas no bairro da Pedreira
Vendedores celebram a chegada do período chuvoso em Belém, mas ressaltam desafios e estratégias para manter preços e clientes.
Com a chegada do chamado inverno amazônico, período de intensas chuvas na capital paraense, a venda de sombrinhas ganha destaque nas feiras e comércios. O Grupo Liberal conversou na manhã desta sexta-feira (10.12) com vendedoras do bairro da Pedreira para entender os desafios e estratégias no mercado. Embora a inflação de 2024 no Brasil tenha fechado em 4,83%, as vendedoras optaram por manter o preço dos produtos em favor dos clientes.
Demanda crescente com o início das chuvas
Vera Alves, vendedora há 37 anos e há 24 anos atuando na Pedreira, comemora o aumento de 30% nas vendas em comparação ao final de 2024. "Já deu uma levantada nas vendas muito boa pra nós. O tempo agora ajuda bastante, porque há mais saída do material", afirmou. Vera destaca que o período de chuvas impulsiona naturalmente o mercado de sombrinhas por ser um item essencial: "Nós conseguimos vendas melhores porque é um material que o povo necessita com a chegada da chuva".
Apesar do cenário favorável, Vera enfatizou que os preços estão sendo mantidos para fidelizar a clientela. "A gente procura manter o preço bom pra ter boas vendas. Só aumentamos nas últimas [unidades]. Temos sombrinhas de R$ 20 a R$ 50, e o preço varia conforme o material e a marca", explicou.
Estratégias para manter o equilíbrio nas vendas
Já para Sandra Maria Loureiro, vendedora de sombrinhas há 35 anos, as vendas neste início de 2025 estão estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. "De dezembro de 2024 a esse início de janeiro, minhas vendas não aumentaram. Tá uma venda base. Nem aumentou nem diminuiu", relatou.
Sandra revelou que, mesmo enfrentando aumento nos preços dos fornecedores, optou por manter o mesmo valor das sombrinhas do ano passado. "Onde eu compro os produtos aumentou, mas eu permaneço com o mesmo preço de 2024. Tenho sombrinhas a partir de R$ 20, e o preço vai até R$ 45", informou.
Ela também destacou a variação nas vendas conforme as condições climáticas: "Quando chove, o produto sai; mas quando tá sol, o produto sai mais pouco. Vender é assim, tem vezes que tá bom, tem vezes que tá ruim".
Período promissor com desafios previstos
Ambas as vendedoras concordam que o início do período chuvoso traz boas perspectivas de vendas, mas reconhecem os desafios econômicos, como o aumento dos preços no atacado e a necessidade de fidelizar clientes com valores acessíveis.
Enquanto Vera celebra o impacto imediato das chuvas nas vendas, Sandra segue cautelosa, apontando para a volatilidade do mercado. O período, que se estende até meados de abril, promete ser um termômetro do setor, movimentando o comércio local e garantindo às famílias de Belém a proteção necessária contra o clima instável.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA