Saiba o que são e as diferenças entre Selic, IPCA e CDI
Você certamente já ouviu ou leu algo em “economês” em que aparece algumas dessas siglas, não é mesmo? Pois saiba que cada uma delas desempenha um papel distinto na economia e influencia diferentes tipos de investimentos.
Para quem deseja investir de maneira mais eficaz, é essencial entender alguns indicadores financeiros que muitas vezes podem confundir. Três desses indicadores são considerados os mais importantes: Selic, IPCA e CDI. Você certamente já ouviu ou leu algo em “economês” em que algumas dessas siglas aparece, não é mesmo? Pois saiba que cada uma delas desempenha um papel distinto na economia e influencia diferentes tipos de investimentos.
Taxa Selic
A taxa Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa de referência para operações com títulos públicos federais no Brasil. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reuniões periódicas, nas quais os membros votam para determinar a taxa que melhor equilibra a economia do país.
O principal objetivo da taxa Selic é controlar a inflação e facilitar a circulação de dinheiro entre pessoas físicas, jurídicas e instituições financeiras. Quando a taxa Selic é ajustada, ela influencia diretamente os juros cobrados nos empréstimos e financiamentos, além de impactar os investimentos em títulos públicos, que são formas de o governo captar recursos. Uma Selic muito baixa desestimula a compra de títulos públicos, enquanto uma Selic muito alta pode tornar esses títulos menos atrativos em comparação com outros investimentos.
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IPCA
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o principal indicador de inflação no Brasil, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este índice mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.
A cesta do IPCA inclui uma ampla gama de itens, como alimentos, energia, transporte e serviços diversos, refletindo o custo de vida da população. O IPCA é usado para orientar políticas econômicas e ajustes salariais, além de servir como referência para a correção de contratos e investimentos que buscam proteger o capital contra a perda de valor devido à inflação.
CDI
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é a taxa de juros praticada nas operações de empréstimo entre bancos. Esses empréstimos são necessários para que as instituições financeiras possam fechar o dia com saldo positivo, conforme exigido pelo Banco Central.
O CDI serve de referência para diversos produtos financeiros, como fundos de investimento e títulos de renda fixa. Muitas vezes, os rendimentos desses produtos são expressos como um percentual do CDI, como 100% ou 105% do CDI. Essa referência permite comparar a atratividade de diferentes investimentos, especialmente em relação ao risco e à liquidez.
A relação entre CDI e taxa Selic
Em condições normais de mercado, a taxa CDI tende a acompanhar de perto a taxa Selic. Isso ocorre porque ambas são influenciadas pelas políticas monetárias do Banco Central. No entanto, em cenários onde há alta demanda por crédito ou políticas de facilitação de crédito, o CDI pode superar a Selic.
Para investidores, essa relação é crucial. Por exemplo, o Tesouro Selic é um título público que rende aproximadamente 100% do CDI quando as duas taxas estão alinhadas. Em tempos de divergência, é importante considerar produtos que ofereçam rendimentos superiores ao CDI, mas sempre levando em conta a liquidez e o risco.
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