Reoneração até 2025 deve ser negociada em projeto de lei, diz ministro Haddad

Parte da medida provisória editada pelo governo no fim de 2023 deve se tornar um PL, que regulamentará reoneração gradual de 17 setores da economia

O Liberal
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A reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia deve se estender até 2025 e ser negociada em um projeto de lei (PL) que substituirá a medida provisória do governo, publicada no fim do ano passado. A declaração foi dada nesta quarta-feira (21) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniram para discutir o assunto.

“O presidente Pacheco fez uma proposta para o presidente Lula, que me consultou hoje pela manhã em relação ao fato de que os projetos que foram deliberados o ano passado pelo Congresso deveriam ser encaminhados em um projeto de lei com urgência constitucional. Então é isso que vamos fazer”, afirmou o ministro da Fazenda.

Após ter aceitado converter parte da medida provisória (MP) em PL, o governo deve regulamentar a reoneração da folha de pagamento e o fim do desconto da contribuição para a Previdência Social de prefeituras de pequenas cidades. A MP 1.202, por outro lado, seguirá tratando da revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), em duas etapas, e do limite de uso de compensações tributárias por empresas.

Perse

De acordo com Haddad, diversas empresas já contataram a Receita Federal para se regularizarem após a divulgação de supostas irregularidades no Perse, programa de socorro criado para os setores de turismo e eventos durante a pandemia. “Várias empresas já estão retificando as suas informações e recolhendo os tributos que não tinham recolhido. Regularizar-se também faz parte do jogo”, afirmou.

O ministro da Fazenda garantiu que vai enviar ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o resultado da auditoria no Perse o quanto antes, já que o levantamento de dados do programa ficou suspenso durante dois meses, por conta da greve dos auditores fiscais da Receita.

“A receita tem a tarefa de esclarecer ao Congresso Nacional. Se precisar de uma ajuda do Tribunal de Contas, como aconteceu na reforma tributária, vamos pedir ajuda para ver exatamente o que aconteceu. Obviamente, se tem um acordo de R$ 5 bilhões [de desoneração] que vira quase R$ 20 bilhões, temos de tomar alguma providência. Porque é um problema muito grave para o país, que não suporta esse tipo de coisa nem o Orçamento comporta”, declarou.

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