Região amazônica tem mais de 31 milhões de hectares aptos ao cultivo sustentável da palma
Pará tem posição de destaque no contexto global que reforça produção limpa de biocombustível
O Brasil pode se tornar referência na produção de óleo de palma e contribuir para a transformação sustentável de indústrias como a alimentícia, cosméticos, farmacêutica e biocombustíveis, entre outras. O país ocupa atualmente a 10ª posição entre os maiores produtores de óleo de palma do mundo, com cerca de 300 mil hectares cultivados. O Pará representa 85% dessa produção, de acordo com a Associação Brasileira de Produtos de Óleo de Palma (Abrapalma).
O contexto global do óleo de palma reforça a importância do cultivo sustentável da palma no Brasil. De acordo com a Embrapa, a região amazônica possui mais de 31 milhões de hectares aptos ao cultivo.
Malásia e Indonésia declinam na produção de óleo de palma
O United States Department of Agriculture (USDA) aponta que, atualmente, 88% da produção de óleo de palma está concentrada no Sudeste Asiático, em países como Indonésia, Malásia e Tailândia. Estudos recentes apontam que as plantações de palma da Malásia e Indonésia estão envelhecendo. Boa parte da área cultivada já atingiu uma idade avançada, perdendo eficiência na produção de frutos e, por conseguinte, na extração do óleo. A planta tem capacidade produtiva por até 30 anos.
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Outros fatores que contribuem para a queda da produção de óleo de palma nesses países incluem a escassez de mão de obra rural, a baixa aplicação de fertilizantes, os impactos climáticos e a lenta expansão de novos plantios.
É nesse contexto global que o Brasil pode se destacar como referência e contribuir para a transformação sustentável deste setor. No país, o cultivo sustentável da palma alia a recuperação do bioma e do solo degradado da floresta amazônica, acelera a captura de carbono e fomenta a geração de emprego e renda para comunidades isoladas.
Cultivo brasileiro da palma contribui para o desenvolvimento social, ambiental e econômico
Estudos também indicam que o cultivo da palma é perene e mantém o homem no campo, promovendo o desenvolvimento socioeconômico nas regiões onde está presente, além de seguir uma das legislações mais severas do mundo, já que o país proíbe a derrubada de árvores nativas para o seu cultivo. A planta só pode ser cultivada em áreas degradadas até 2007, respeitando o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo, estabelecido pelo Decreto 7.172, do Governo Federal, de maio de 2010.
O Brasil tem grandes perspectivas no panorama global, e é nesse cenário que se insere o modelo de negócios do Grupo BBF (Brasil BioFuels), que, desde 2008, atua no fomento da agricultura sustentável, extração do óleo de palma, produção de biocombustíveis e geração de energia renovável.
Para o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall, a cultura da palma reforça a importância do desenvolvimento sustentável na região amazônica. "Nosso país tem potencial para se tornar líder global na produção de óleo de palma. É preciso viabilizar formas de manter a floresta em pé, mas também oferecer emprego, renda e riqueza para a população", observa ele.
Milton Steagall acrescenta: "Podemos contribuir para que o mundo tenha estoque suficiente de óleo de palma sustentável para atender aos diversos setores da economia". O Grupo BBF tem mais de 75 mil hectares cultivados com palma no Pará e em Roraima, responsáveis pela captura de cerca de 800 mil toneladas de carbono anualmente, o que gera mais de 4 mil empregos diretos em cinco estados da região Norte.
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