Redução do IPI na linha branca e em automóveis vai chegar ao consumidor?
Governo fez renúncia fiscal de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022 com redução de imposto
A publicação, na sexta-feira (25), do decreto presidencial que reduz as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em até 25%, promete aliviar a carga tributária na produção de automóveis, eletrodomésticos da chamada linha branca - como refrigeradores, freezers, máquinas de lavar roupa e secadoras - e outros produtos industrializados. A medida saiu em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Economistas se dividem se o benefício vai chegar ao consumidor final ou em quanto será a redução no preço. As informações são da Agência Brasil e do Valor.
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Para o economista Roberto Luiz Troster, dificilmente a redução de preços chegará ao consumidor final. “O varejista vende considerando o preço que ele pagou; se baixou o custo, precisa ver quanto o industrial vai repassar e depois o varejista”, afirmou ao Valor.
Já o economista e professor da Unifesp André Roncaglia afirma que algum benefício vai chegar ao consumidor final, mas é difícil saber quanto. “As marcas aproveitam para fazer propagandas dos produtos com ‘IPI reduzido’, mas se efetivamente há redução é difícil saber pois existem várias formas de maquiar a redução de preços sem reduzir efetivamente”, afirmou.
Para a maior parte dos produtos, a redução foi de 25%. Alguns tipos de automóveis tiveram redução menor na alíquota de 18,5%.
O governo terá uma renúncia tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022, de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e de R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024, de acordo com cálculos do Ministério da Economia.
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