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Proa de embarcação encontrada na Av. Visconde de Souza Franco não deve parar as obras da Nova Doca

Superintendente do Iphan afirmou que a autarquia reconhece a importância da execução do projeto de reurbanização no local para a cidade

Emilly Melo
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Equipes de arqueólogos que encontraram a proa de uma embarcação, enquanto acompanhavam as obras na Nova Doca, na avenida Visconde de Souza Franco na última segunda-feira (12), afirmam que ainda não é possível mensurar as dimensões do achado, que é inédito em Belém. De acordo com Cristina Vasconcelos, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a descoberta não deve atrapalhar o desenvolvimento dos projetos de urbanização do local, e revela que, a partir das obras que estão em andamento, já foram encontrados objetos arqueológicos, em menores proporções, em outras partes da capital. 

“A obra não está embargada, nem paralisada. O Iphan entende que a obra é extremamente importante para a cidade, então seguirá o seu curso normal, está apenas paralisado naquele trecho onde foi encontrado o objeto. Já estamos encontrando várias estruturas menores, mas, essa até agora é uma estrutura bem grande e única até agora. Em Belém, ainda não tinha sido encontrado um objeto nessa proporção e nesse formato. Nós precisamos conversar agora com as entidades públicas que fazem essa estrutura de musealização”, declarou Vasconcelos.

A peça metálica foi encontrada na subsuperfície, na borda do canal, das obras de engenharia do canal da Doca e construção do Parque Linear, que preparam a cidade para receber a COP 30

Retirada do objeto metálico envolve desafios 

A representante do Iphan afirma que é possível que o restante da embarcação siga até algum determinado espaço da avenida, no entanto, a hipótese só será confirmada após uma série de estudos, que também definirão a profundidade do objeto e darão um direcionamento sobre a viabilidade de prepará-lo para futuramente ser exposto.

“Nós temos uma estrutura que não tem como identificar o período, por enquanto, então a gente vai precisar de uma equipe bem consistente de estudos, que vai fazer essa medição, inclusive de alta e baixa de maré ali da região, para que a gente possa entender como é que vai tirar esse equipamento de lá, se esse equipamento está íntegro ou em pedaços, para poder retirar para estudar e deixá-lo para a preservação”, explicou a superintendente.

Cristina Vasconcelos ressalta que a retirada do objeto arqueológico requer cuidado, especialmente por estar em um território alagado e sofrer com os processos naturais de degradação e oxidação, o que poderia gerar transtornos durante a remoção. Ela diz ainda que a descoberta muda o plano de trabalho instituído inicialmente no projeto urbano.

O arqueólogo do Iphan Augusto Miranda conta que a equipe de arqueologia vai  fazer medições e levantamentos para estabelecer formas de tratar o objeto. 

“A equipe volta ao campo, começa a fazer uma análise para preparar um projeto de salvamento arqueológico, apresentado pelo Iphan, para garantir a conservação e a retirada segura desse material sem perdas de nenhuma informação e para que nenhum produto material se deteriore. Então, ele sai de lá, se possível, daquela forma e vai para um laboratório improvisado. 

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