Preço dos ovos de Páscoa em Belém deve ficar mais caro em 2025, analisa Dieese
Em Belém, a diferença de preços entre os ovos de 199g e 365g já é de até R$ 93,50, e fontes ouvidas alertam para aumento expressivo nos valores até a data comemorativa.

A Páscoa de 2025 promete ser mais cara para os consumidores de Belém. Segundo apuração do Grupo Liberal, a inflação, o aumento nos custos de produção e a redução na diversidade de produtos devem impactar diretamente o preço dos ovos de chocolate. Além disso, a busca pelos ovos de Páscoa tende a se intensificar apenas após o Carnaval, o que pode agravar a falta de opções e aumento da demanda.
O supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, afirma que a expectativa é de aumentos substanciais nos preços, com destaque para as caixas de bombom, que, apesar de não serem o foco principal da Páscoa, têm sido cada vez mais procuradas pelos consumidores.
Aumento de preços é a principal expectativa para a Páscoa de 2025
Com a proximidade da Páscoa, os supermercados de Belém já começam a exibir seus primeiros ovos de chocolate, mas a expectativa é que os preços aumentem ainda mais até o momento de maior procura, que deve ocorrer após o Carnaval.
De acordo com o supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, a combinação da inflação e do aumento nos custos de produção pode resultar em preços mais elevados do que os registrados em 2024.
"A expectativa é de aumentos expressivos. Já observamos uma elevação nos preços, e isso deve ser mais evidente até o final de março", alerta Costa.
Esse aumento, segundo ele, se deve a uma série de fatores, como o custo das embalagens e a alta no preço do cacau, afetado por condições climáticas adversas.
Na cidade, os preços dos ovos de Páscoa têm altas diferenças de preço. Em um supermercado visitado pelo Grupo Liberal, enquanto um ovo de 199g pode ser encontrado por R$ 49,49, os ovos maiores, de 365g, chegam a custar R$ 142,99.
A procura pelos ovos começa tardiamente
Embora as prateleiras já estejam com os ovos de Páscoa em exposição, o presidente da Aspas (Associação Paraense de Supermercados), Jorge Portugal, acredita que a procura pelo produto será mais intensa a partir da semana pós-Carnaval.
"A procura começa tímida, mas na última semana antes da Páscoa, as vendas de ovos de chocolate aumentam consideravelmente", comenta Portugal.
De acordo com o presidente da associação, a expectativa é de que, apesar do aumento nos preços, as vendas aumentem em torno de 5% em relação ao ano passado, especialmente pelas caixas de bombons e outros chocolates, que têm sido mais procurados como alternativas aos ovos tradicionais.
O consumidor precisa se planejar
Everson Costa sugere que o consumidor comece a pesquisa de preços com antecedência, já que a variação pode ser de até 30% entre os diferentes estabelecimentos.
"É importante pesquisar não só os preços, mas também os sabores e tamanhos, para que o consumidor possa escolher o produto que cabe em seu orçamento", explica o supervisor do Dieese.
Além disso, Costa destaca a tendência de aumento no preço dos ovos, que, no caso dos maiores, pode ultrapassar os R$ 200 em algumas marcas.
Como alternativa, ele sugere que os consumidores considerem comprar caixas de bombons e tabletes de chocolate, que, em muitos casos, oferecem um melhor custo-benefício e podem atender à demanda de consumo de chocolate na Páscoa.
Preparação para uma Páscoa mais cara
Com a inflação de alimentos ainda elevada, a expectativa é de que o impacto nos preços seja ainda mais acentuado neste ano, superando até mesmo o reajuste da inflação.
"O aumento no preço dos ovos de Páscoa será significativo, e os consumidores precisam estar preparados para essa realidade. Não só os ovos tradicionais, mas também as caixas de bombons e tabletes de chocolate sofrerão aumento nos preços", finaliza Costa.
Neste cenário, é essencial que os consumidores planejem as compras, pesando as alternativas de chocolate e se organizando financeiramente para garantir que o momento da Páscoa não pese tanto no bolso.
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