Pix crédito: novidade está prevista para 2023 e já anima consumidores e comerciantes de Belém
A opção foi anunciada por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mas ainda não tem data certa de lançamento
A utilização do Pix para operações de crédito está prevista para ser realidade ainda em 2023. Em Belém, consumidores e comerciantes estão animados para o novo benefício, que é visto como uma vantagem a mais dentro dos negócios e deve aumentar o total de transações feitas com o recurso na região Norte, atualmente em 9,7%, conforme dados do Banco Central (BC). A nova opção foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no início desta semana.
Cerca de 60% das transações do microempreendedor Rafael Noronha, de 40 anos, são realizadas via Pix. Para ele, o fato de não haver cobranças, como existem em outros métodos de pagamentos, é o diferencial. “Isso facilitou a vida de muitas pessoas, inclusive a minha, acho ótimo, fazer transferência bancária sem custo e isso é maravilhoso pra população. Então, a opção crédito, eu creio que é uma facilidade a mais, um ponto positivo, não sei como vai ser, mas acho interessante”, destaca.
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Mazaffar Said, empresário de 59 anos, também vê o anúncio da modalidade como um benefício tanto para o cliente, que poderá aumentar o poder de compra, quanto para o empreendimento. “Tudo que facilita para o comerciante, que vem para aumentar as vendas, é um produto bem vindo e o Pix foi um espetáculo. Hoje, de 10% a 30% das minhas negociações são via Pix. Se ele virar crédito, vai aumentar o poder aquisitivo do consumidor, em ter pagamentos futuros, e vai aumentar o fluxo de venda nas empresas”, afirma.
Redução de taxas de juros são esperadas por consumidores
Apesar de as regras da utilização do Pix em formato de crédito ainda não serem conhecidas, o taxista Ângelo Rodrigues, de 60 anos, espera que haja um contraste entre as bandeiras usuais já conhecidas e a nova modalidade. “O Pix normal já foi muito importante para a praticidade que se obteve com os recursos, então, acho que o Pix crédito seria mais um recurso bastante viável, se ele for contrastar com o cartão de crédito normal. Eu acho que ele daria até mais uma amplitude maior no sistema”, destaca.
A praticidade que Ângelo vê nas transações via Pix serão, para ele, ainda maiores se as taxas de juros também se tornarem um diferencial. “É muito prático, tanto em alguns momentos que a gente precisa passar troco. Não é só a questão de pagar e receber, tem outras coisas, são vários recursos que a gente pode utilizar e esperar que essa questão do crédito traga mais vantagens para a gente do que já tem”, completa o taxista.
Controle com os gastos será necessário, afirma economista
Com o Pix estando cada vez mais adequado à realidade e necessidade dos consumidores e comerciantes, o economista Nélio Bordalo ressalta que a modalidade beneficiará a todos e, no futuro, tirará o dinheiro físico de circulação. Porém, um cuidado cada vez maior com o orçamento e os gastos deverá ser colocado em prática. “Tem que ter um controle para que as pessoas não fiquem comprando muitas coisas em muitas parcelas e, depois, terem dificuldade de fazer o pagamento quando a fatura chegar”, pondera.
Pela facilidade que a opção dará, o especialista orienta para que cada um tenha um limite de utilização: “Se ganha um valor, ele tem que se adequar as outras contas do mês e procurar fazer um limite no crédito, como se fosse uma trave".
"Outro cuidado, é claro, é com a segurança. Não deixar seu celular na mão de outra pessoa, ter cuidado com senha e, se houver alguma desconfiança de que o aparelho foi hackeado, não utilizar, em qualquer transação digital”, finaliza Nélio.
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