Pará vai receber mais de R$ 3 bilhões pelo Plano Safra

As soluções de crédito têm contribuído para o cenário de recuperação econômica no estado do Pará. No contexto regional, o estado se destaca com o maior aporte de fomento direcionado pelo Banco da Amazônia (Basa), atraindo quase um terço de todo o volume de recursos. Além de impactar na geração de emprego e renda, esse investimento incentiva também a sustentabilidade na região, como afirma o economista Edmar Bernaldino, superintendente regional da instituição para o Pará e Amapá. Confira a entrevista:

O desenvolvimento sustentável é um dos principais desafios para a região amazônica. Como o Basa encara essa questão?

A missão do banco é desenvolver uma Amazônia sustentável com crédito e soluções eficazes. Nós completamos agora 80 anos de atuação em toda a Amazônia Legal e essa premissa do desenvolvimento de forma sustentável tem sido a nossa prática diária. Cada vez mais buscando atender o viés da sustentabilidade, do desenvolvimento e crescimento econômico. E o crédito que a gente leva, que é aquele crédito de ciclo curto, de médio prazo, de longo prazo, tem um efeito multiplicador muito importante na economia. Para você ter uma ideia, na região Norte, a gente responde por 64% do crédito de fomento. Significa que a cada R$ 100 que é investido no crédito de fomento na região Norte como um todo, R$ 64 é o Banco da Amazônia que está ali injetando recursos para fomentar a economia.

Pensando a realidade do Pará, como é que esse fomento impacta direta e indiretamente na realidade do estado?

Em 2021, nós aplicamos R$ 13,2 bilhões na região amazônica, desse total nós aplicamos R$ 4 bilhões no Pará. O orçamento que nós temos para aplicar em 2022 é de R$ 3.2 bilhões e nós já aplicamos até o 1º semestre R$ 2 bi. Isso significa que devemos ultrapassar o volume do ano passado porque no 2º semestre a gente tem o início do Plano Safra, que acaba trazendo um volume de crédito maior. Essa correlação que no Norte fica em 64%, no Pará, a cada R$ 100 que é investido, R$ 78 é via Basa (...). E, cada vez mais, a gente tem conseguido crescer na agilidade e na vontade de continuar desenvolvendo o estado do Pará e a região amazônica como um todo, tanto é que os números de 2022, quando a gente faz um comparativo com 2021, nós fechamos em aplicações globais no 1º semestre mais de R$ 7 bilhões. Temos então um ano de resultados bem expressivos considerando o aquecimento econômico, a questão do próprio agronegócio e os empreendedores acreditando nessa retomada econômica.

Qual a perspectiva de investimento pelo Plano Safra neste ano?

No Plano Safra, neste ano nós estamos disponibilizando só para o estado do Pará um orçamento de R$ 3,2 bilhões, um orçamento 30% maior do que foi em 2021. E com certeza ele vai ser superado porque a dinâmica do acesso ao crédito ficou muito ágil. No Plano Safra você consegue também fazer uma divisão dos segmentos prioritários, pelo menos 51% daquilo que se aplica anualmente tem que estar voltado para os segmentos prioritários, que são os de pequeno porte. Neste ano, desse R$ 3,2 bilhões, nós estamos disponibilizando R$ 1,8 bilhões para os segmentos prioritários e R$ 1,4 bilhões para os demais portes que são os segmentos médio e grande (...).

Quais são as principais dúvidas que os produtos e os empreendedores trazem para o Basa e como a instituição tem trabalhado para melhorar o atendimento dessa população?

A gente criou recentemente uma plataforma chamada Basa Digital, que veio para mudar a forma de conceder crédito rural (...). O Basa Digital oportuniza você enviar sua proposta para o banco e num prazo máximo de 72h ter esse crédito aprovado. Isso demonstra acima de tudo que o que o banco está fazendo em termos de agilidade, de simplificar processos de crédito para aumentar a quantidade de empreendimentos financiados. Isso também é uma forma da gente estar presente em todos os municípios para que cada um tenha sempre o maior volume de crédito à sua disposição.