Pará tem saldo de 7.270 novos emprego em maio de 2023
O setor da construção civil foi o que mais contratou no período de início do verão amazônico.
O Pará fechou o mês de maio deste ano com saldo positivo de 7.270 vagas de emprego formal. A construção civil liderou a geração de postos de trabalho, seguida dos setores do comércio e de serviço. O Pará foi o estado que mais gerou empregos formais na região Norte e o sétimo no Brasil. O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
No comparativo entre trabalhadores admitidos e desligados em maio de 2023, o Pará voltou a ter crescimento na geração de empregos com a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) assinada. Nesse mês foram registradas 38.990 admissões contra 31.720 demissões. O saldo positivo de 7.270 supera em 11% o saldo positivo de 6.555 empregos obtido em maio de 2022.
A análise do Dieese sobre o mês de maio deste ano, aponta que todos os setores econômicos de atividades no estado tiveram crescimento na geração de empregos formais, com destaque para o setor da construção com um saldo positivo de 2.963 postos de trabalho; seguido de serviços com 2.020 postos; indústria com 1.436 postos; agropecuária com 426 postos; e comércio com 425 postos.
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No acumulado dos primeiros cinco meses do ano (janeiro a maio/2023), o saldo positivo foi de 21.236, já que foram registradas 183.753 pessoas admitidas e 162.517 demitidas nesse período. Esses resultados são 27% maiores que os registrados no mesmo período do ano passado, quando foram feitas 174.629 admissões, contra 157.996 desligamentos, gerando um saldo positivo de 16.633 postos de trabalhos.
“De janeiro até aqui, o Pará só perdeu posto de trabalho no mês de janeiro. Isso acontece não apenas no Pará, mas vem de vários anos, em vários estados brasileiros porque, geralmente no início do ano, as empresas costumam ajustar seus quadros e a economia vem de um período de fortes gastos. A retomada (da geração de empregos) começa a ter força com o carnaval e as outras datas que trazem fôlego para a economia”, explica o economista e supervisor técnico do Dieese-Pará, Everson Costa. “Nos outros meses (fevereiro, março, abril e maio), o Pará teve somente saldo positivo de emprego”, acrescenta.
De janeiro a maio de 2023, todos os setores econômicos de atividades no Pará apresentaram crescimento na geração de empregos formais, com destaque ao de serviços, que teve m saldo de 11.271 postos de trabalho, seguido da indústria com 4.098 postos; comércio com 2.619 postos; construção com 2.289 postos e agropecuária com 959 postos.
Nacional e regional
No ranking nacional, o Pará ficou em 7º lugar entre os estados que mais geraram empregos formais, mas no saldo alcançado entre janeiro e maio caiu para a 12ª posição.
Na região Norte, o Pará não apenas lidera, mas se destaca no resultado alcançado em maio. Pois o segundo colocado, o estado do Amazonas, gerou 1.887 empregos formais nesse mês. Ou seja, sozinho, o Pará gerou 57% do total de vagas criadas no Norte, 12.624, no período. Em toda a região Norte, foram realizadas 95.235 admissões contra 82.611 desligamentos.
Em maio de 2023, quase todos os estados do Norte apresentaram crescimento de empregos formais. Depois do Pará e do Amazonas, surge Rondônia com saldo positivo de 1.712 vagas de emprego gerados; Tocantins com 1.165 vagas; Acre com 562 vagas; e Amapá com 58 vagas. Exceto Roraima teve perda de empregos formais com saldo negativo de 30 vagas de trabalho.
Já no acumulado de janeiro a maio deste ano, o Norte registrou 461.757 admissões, contra 416.358 desligamentos, gerando o saldo positivo de 45.399 postos de trabalho. Também nesse período, todos os estados da região tiveram crescimento do emprego formal, com o Pará em 1º lugar na geração de vagas; logo depois vêm o Tocantins com 7.026 postos; Amazonas com 6.210 postos; Rondônia com 5.514 postos; Roraima com 3.015 postos; Acre com 1.460 postos; e Amapá com 938 postos.
Pesquisa
O estudo é parte integrante do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, parceria do Dieese- Pará com o governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). O Caged leva em conta apenas os trabalhos de carteira assinada. Os resultados obtidos não se comparam aos números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD), que contabiliza também as ocupações informais.
Quadro comparativo da movimentação do emprego formal no Pará, no mês de maio, nos anos de 2022 e 2023:
Maio/ 2023: Admissão 38.990, demissão 31.720= 7.270 (saldo)
Maio/ 2022: Admissão 37.502, demissão 30.947= 6.555 (saldo)
Fonte: Ministério do Trabalho/CAGED. Análise e elaboração do Dieese/PA
Quadro demonstrativo da movimentação do emprego formal no Pará, por setores econômicos de atividades, em maio de 2023:
Agropecuária: 2.971 (admitidos), 2.545 (desligados)= 426 (saldo)
Indústria: 5.487 (admitidos), 4.051 (desligados)= 1.436 (saldo)
Construção: 7.884 (admitidos), 4.921 (desligados)= 2.963 (saldo)
Comércio: 9.059 (admitidos), 8.634 (desligados)= 425 (saldo)
Serviços: 13.589 (admitidos), 11.569 (desligados)= 2.020 (saldo)
Total: 38.990 (admitidos), 31.720 (desligados)= 7.270 (saldo)
Fonte: Ministério do Trabalho/CAGED. Análise e elaboração do Dieese/PA
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