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Pará tem aumento no número de viagens e alcança níveis pré-pandemia

Mais de 804 mil foram registradas pelo MTur. Quantidade trouxe R$ 661 milhões à economia local

Camila Azevedo
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O incremento na oferta de pousos e decolagens no Pará chegou a 40% nos meses de agosto e setembro de 2024. O resultado representa um aumento médio de 37% na comparação com o segundo trimestre - período que compreende abril, maio e junho - do mesmo ano, de acordo com dados do Ministério do Turismo (MTur), e confirma a retomada do setor a níveis pré-pandemia da Covid-19. Em 2023, por exemplo, a pasta contabilizou 804 mil viagens domésticas para o Pará, número 66% maior do que foi registrado em 2021. Ao todo, R$ 661 milhões foram adicionados à economia estadual.

A maioria, cerca de 30,8%, viajou para municípios paraenses para visitas a familiares ou eventos reunindo amigos. Tratamento de saúde ou consultas médicas atraíram 30,3% dos viajantes, enquanto 20,9% foram motivados pelo lazer. Outros motivos representaram 18% das viagens no estado no ano passado, conforme o MTur. A nível nacional, o ministério registrou 21,1 milhões de viagens pelos brasileiros em 2023, número 71,5% maior do que o observado em 2021 (12,3 milhões). A grande maioria (97%) escolheu destinos nacionais, injetando R$ 21 bilhões na economia do Brasil.

Entre as medidas que estão sendo adotadas pelo Turismo para impulsionar a atividade no Pará, o titular da pasta, Celso Sabino, destaca que a ampliação da conectividade aérea no Norte é essencial. “O programa Conheça o Brasil: Voando, lançado pelo Ministério do Turismo no ano passado e que conta com a parceria das empresas aéreas, já resultou, por exemplo, na expansão da oferta de voos para o Pará. A companhia GOL anunciou a ampliação de opções para as cidades de Belém, Carajás, Marabá e Santarém. Também fortalecemos e ampliamos a promoção internacional do Brasil”, destaca.

Investimentos

A expansão do conhecimento sobre as iguarias que a Amazônia têm também é uma estratégia usada para atrair mais turistas e investimentos internacionais. No Pará, o ministro pontua que busca contemplar todas as regiões com o fomento ao turismo. “O Ministério do Turismo possui atualmente uma carteira ativa de mais de 30 contratos de repasse para obras de infraestrutura turística em cidades do Pará, que somam um investimento total de R$ 62 milhões em projetos, como a reforma de orlas, a construção de terminais rodoviários e outras intervenções para proporcionar a adequada recepção de visitantes”.

COP 30

As oportunidades que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, vai trazer para o Pará estão na mira do MTur. Melhoria de vias, da infraestrutura hoteleira e incentivos para os empreendedores turísticos privados vão ganhar atenção. “O MTur destinou R$ 40 milhões para a melhoria da infraestrutura e da hotelaria de Belém e de diversos municípios da região, visando bem acolher os visitantes da COP 30. Esses recursos ainda se somam aos R$ 100 milhões liberados via Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) para a concessão de financiamentos”, completa Celso Sabino.

“A COP 30 vai gerar um gigantesco legado à imagem de Belém e do estado como um todo. Nós temos a expectativa de receber cerca de 160 delegações de todo o planeta na capital paraense, o que vai significar um importante aumento da visibilidade mundial. E todas as iniciativas do governo do presidente Lula voltadas à preparação do evento também deixarão um imenso legado ao turismo no estado, com avanços na estrutura de seus variados destinos para a recepção de visitantes. Somente a Itaipu Binacional está investindo R$ 1,3 bilhão no aprimoramento da infraestrutura de Belém”, finaliza o ministro.

Preço de passagens e hospedagem influencia decisão de destino

Vitor Mendes mora em Belém e procura fazer uma viagem por ano. Antes da pandemia da Covid-19, em 2019, Foz do Iguaçu, cidade localizada no estado do Paraná, foi o destino escolhido. Depois do coronavírus, em 2022, Fortaleza foi o primeiro local visitado. O administrador de 25 anos conta que questões climáticas fazem parte dos critérios para escolher para onde ir. Porém, o que mais influencia são os preços das passagens e hospedagens encontrados. “Os preços têm que estar dentro do meu orçamento. Procuro promoções boas, com horários bons”, diz.

A última viagem que Vitor fez foi em setembro deste ano. Ele passou 15 dias entre São Paulo e o Rio de Janeiro, visitando amigos e familiares. A facilidade de trabalhar de forma remota é aproveitada ao máximo e o orçamento é sempre pensado com antecedência. “Tudo é orçado. A regra é: voos e hospedagem devem estar pagos até o início da viagem. Além disso, levo reservas em dinheiro e em cartão de crédito. Em São Paulo e no Rio, gastei em torno de R$ 3,5 mil, mas isso indo em bons restaurantes e aproveitando bem. Como trabalho de home office, tenho essa facilidade”, relata.

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