Pará registra quase 8 mil novos postos de trabalho em junho

Estado ocupa o 10º lugar no ranking dos que mais geraram empregos

Maycon Marte
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O Pará é o 10º estado com a maior geração de empregos formais do País e o primeiro lugar em toda a região Norte. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O balanço também aponta que o estado obteve resultados positivos nesse segmento por seis meses consecutivos, alcançando, no mês de junho, a marca de 7.893 novos postos de trabalho.

O estado registrou 42.267 admissões, contra 34.374 desligamentos, o que refletiu no saldo positivo. Em relação ao desempenho de cada setor, o destaque vai para a Construção, que lidera com um saldo de 3.830 novas vagas criadas. Embora o segmento tenha se destacado na ampliação do número de postos, o setor de Serviços obteve o maior número de admissões, com 15.430, contra 12.884 demissões, fechando o mês com um saldo de 2.546 postos.

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) chama atenção para o desempenho do estado no acumulado de 12 meses (julho de 2023 a junho de 2024). Eles destacam que nesse período o Pará apresentou um saldo de positivo de 45.217 postos de trabalho. Na análise da região Norte, o estado despontou com o melhor índice, seguido do Amazonas (5.036) e Amapá (1.974). São 18.261 vagas no saldo de toda a região.

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Situação delicada no agro

Na contramão dos dados positivos, o segmento da Agropecuária, embora tenha registrado um crescimento na comparação entre os meses de maio e junho deste ano, enfrenta um momento difícil, sendo o setor econômico do estado com o menor desempenho no balanço. Para o zootecnista Guilherme Minssen, existem três principais fatores que justificam o cenário atual e delicado do segmento. São eles: descapitalização, insegurança jurídica e a pressão ambiental. 

“Primeiro, o baixo preço dos produtos do agronegócio; segundo, a insegurança jurídica total e a falta do título da terra para o produtor, que é essencial; e em terceiro lugar a pressão ambiental, que é cada vez maior”, defende o especialista, que também é diretor na Federação da Agricultura ePpecuária do Pará (Faepa).

Minssen explica que o abate de fêmeas, incluindo as gestantes, é o maior indicador da descapitalização do pecuarista que está recorrendo a essa medida, segundo ele, como forma de contornar o preço cada vez menor do gado e manter algum lucro. Quanto à insegurança jurídica e à pressão ambiental, ele destaca exemplos como invasões de propriedades de produtores no estado e as regras de preservação ambiental. O zootecnista enfatiza, ainda, que o agronegócio sempre cumpriu essas regras, “mas que outras pessoas que não sofrem qualquer fiscalização as descumprem”.

Postos por setores

  • Construção - 3.065
  • Serviços - 2.546
  • Indústria - 898
  • Comércio - 837
  • Agropecuária - 546
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