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Pará registra quase 10 mil novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2024

Setor industrial marcou o melhor desempenho no mês de março

Maycon Marte

Os dados disponibilizados no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, 30, mostram um desempenho positivo na geração de empregos no Pará. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, foram quase 10 mil postos de trabalho criados em todo o estado. Segundo a análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na base de dados do Caged, os maiores destaques foram os setores de Serviços, Construção, Comércio e Indústria.

A base de dados do Caged é vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde o setor da indústria apresentou, no mês de março, o maior saldo de empregos com 1.070 novos postos, seguido da construção com 901 postos de trabalhos e do setor do comércio com 313. No acumulado do mês de março, o total de novos empregos no estado foi de 39.781, o equivalente a 2.006 postos. 

Início positivo

Em linhas gerais, o ano de 2024 fechou o primeiro trimestre com o saldo positivo na admissão de novos trabalhadores. O Dieese aponta que o acumulado dos três primeiros meses deste ano, na comparação entre admitidos e demitidos, totalizaram o saldo positivo de 9.307 postos. Apenas as admissões somam 117.784, contra 108.447 desligamentos. De acordo com o levantamento, o saldo deste ano equivale a 15%, mais que o desempenho para os setores no mesmo período do ano anterior (2023). Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Alex Carvalho, representante do setor com o principal saldo positivo no mês, “a principal responsável por esse resultado é a indústria da construção, que por se tratar de um segmento de larga empregabilidade e abrangência territorial, é algo importante, mas esse resultado não se reflete em outras atividades industriais do Pará”.

Carvalho também reforça que o setor de maneira geral enfrenta diversos desafios como “os baixos investimentos em infraestrutura, a necessidade de modernização, a alta carga tributária e dificuldade de acesso ao crédito, que elevam os custos da produção e atrasam o crescimento industrial local”. Nesse sentido destaca que a Fiepa atua para “fornecer o apoio necessário às indústrias paraenses, principalmente para que consigam acessar os programas’.

Perdas

Em contrapartida, o segmento da agropecuária no estado demonstrou queda no número de empregos formais, apresentando um saldo negativo de 259 demissões, seguido apenas pelo setor de serviços com uma perda 19 postos. Sobre as perdas, o zootecnista da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Guilherme Minssen explica que entre os setores da agropecuária paraense, “pecuária passou pelos seus piores momentos, de preços muito baixos, sem escala de abate nos frigoríficos e um abate muito grande de fêmeas para tentar pagar a conta do produtor rural”.

O especialista defende que “como a pecuária é uma das molas mestras do agronegócio, ou seja, nós temos pecuária em todos os municípios do estado do Pará, isto se refletiu imediatamente no desemprego”. Quando questionado sobre as projeções para o segmento, considerando o saldo negativo neste início de ano, o zootecnista defende que embora as previsões para os próximos meses não sejam boas, a necessidade de “segurança jurídica” e “confiança no setor ambiental”. Para Minssen, “ninguém sem segurança jurídica vai fazer investimento dentro do agronegócio, dentro da produção”.

Projeção

Segundo o supervisor técnico do Dieese/Pa, Everson Costa, as projeções para a economia de maneira geral também são positivas. “Para os próximos meses, a expectativa é de novos resultados positivos na geração de empregos formais. Enfatizando que no cenário paraense, esta movimentação de empregos deve ser mais intensa em função das demandas e ações oriundas da preparação do Estado para as atividades da COP 30. O representante ainda pontua a necessidade de fortalecimento dos segmentos, por meio de “ações de qualificação profissional no âmbito do fortalecimento do Mercado de Trabalho local (mais oportunidades e renda), bem como da agregação de qualidade e valor aos serviços prestados”.

Saldo por setores (janeiro a fevereiro 2024)

  • Agropecuária: (-1.146)
  • Indústria: 1.894
  • Construção: 2.119
  • Comércio: 1.932
  • Serviços: 4.508
  • Total: 9.307
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