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Consumo de carne ainda não é acessível, afirmam paraenses

Presidente Lula sugeriu reduzir o imposto sobre alguns cortes de carnes mais consumidos pelas populações mais pobres

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a redução de impostos em alguns cortes bovinos para tornar o consumo da proteína animal mais acessível. Na declaração, dada a uma rádio de Salvador (BA), Lula disse que a redução seria em cortes específicos, que são mais consumidos pelas populações mais pobres. O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, seção Pará (Dieese/PA), diz que não é fácil o acesso dos paraenses à carne bovina devido às variações de preços.

“Mesmo após a pandemia, por volta de 2021 e 2022, o preço da carne explodiu no Estado. Em 2023, a alimentação teve uma certa acomodação de preços. No caso da carne, há uma série de variáveis envolvidas no processo de produção”, avalia Costa. 

Para o presidente da República, esses cortes devem ser incluídos na cesta básica, assim como os demais produtos que devem ter um imposto menor ou zerado, conforme a discussão sobre a regulamentação da reforma tributária. A inclusão do frango e da carne bovina na lista será debatida pelo governo e pelos parlamentares.

"Eu sou favorável [às carnes na cesta básica]. Já conversei isso com Haddad, já conversei isso com Galípolo, já conversei com pessoal do Tesouro", disse Lula em entrevista à rádio Sociedade. 

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"Eu acho que temos que fazer a diferenciação. Você tem vários tipos de carne, tem carne chique, de primeiríssima qualidade, que o cara que consome pode pagar um impostozinho. Agora, você tem outro tipo de carne, que é a carne que o povo consome. Frango, por exemplo, não precisa ter imposto. Frango faz parte do dia a dia do povo brasileiro, ovo faz parte do dia a dia. Uma carne, sabe, um músculo, um acém, coxão mole, tudo isso pode ser evitado", seguiu Lula.

Atualmente, a alíquota média de imposto que incide sobre carnes bovinas, suínas, ovinas, caprinas e de aves e produtos de origem animal, é de 26,5%. Com o projeto em discussão, a redução seria de 60% nos tributos, informou a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal. 

Estabilização de preços

De acordo com as pesquisas em supermercados e açougues de Belém, o preço da carne se manteve estável no último ano. Em maio deste ano, o quilo da carne considerada de primeira — ou seja, os cortes paulista, cabeça de lombo e chã — custava, em média, R$ 36,75. Em relação a abril, a queda foi de 0,27%, quando custava R$36,85. Em relação ao mês de maio do ano passado, a redução foi de 3,77%, caindo de R$ 38,19. 

O açougueiro Wagner Lima, de 48 anos, conta que as vendas de carnes cresceram nos últimos meses. “Teve uma baixa de preço, então a procura aumentou. As pessoas vêm atrás da costela bovina, agulha, pá, peito, paulista”, detalha. 

A dona de casa Francisca Lima, de 63 anos, diz que, atualmente, só consegue consumir carne duas vezes por semana porque ela prioriza as proteínas mais acessíveis, como frango e ovos. 

“De cortes, eu compro pá e peito. Tem dia que está mais caro, outros mais barato, procuro os dias de promoção”, declara a dona de casa.

O mototaxista Edson Mendonça afirma que, geralmente, a agulha, pá e costela são os cortes mais acessíveis, mas que é preciso pesquisar bastante para conseguir incluir nas refeições. “A gente tem que ficar pulando de canto em canto para tentar encontrar as coisas para ter uma qualidade na alimentação, porque ainda é muito difícil”, conta.

Preços médios das carnes mais procuradas nos açougues de Belém:

  • Costela bovina: R$ 10,90
  • Peito com osso: R$ 14,90
  • Agulha com osso: R$ 15,99
  • Paulista: R$ 27,90
  • Chã: R$ 32,90
  • Alcatra: R$ 34,90
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