Pagar impostos à vista é opção para obter descontos no início de 2022

Com planejamento, servidor público consegue pagar à vista IPVA e IPTU, além de escola e material escolar de filha

Natália Mello
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Com o início de ano chegam os boletos de impostos e um dos gastos que mais impactam o orçamento familiar: as matrículas e os materiais escolares. Segundo o economista Nélio Bordalo, essas despesas costumam desequilibrar as finanças dos brasileiros, que não têm costume de economizar nos gastos fixos e, menos ainda, de poupar para fazer investimentos.

Mas o servidor público David Pereira, de 40 anos, foge à regra. Ele conta que começa 2022 com o orçamento todo sob controle. “Quanto a essas taxas e essas despesas fixas, me preservo muito, faço de tudo para manter essa gordura para nesse momento não precisar estar parcelando e conseguir os descontos disponíveis. Meu IPTU não vence agora, só em maio, esse já posso preservar para ter um pouco mais na frente esse valor”, afirmou, reforçando que a escola e o material da filha Maria, de seis anos, também estão garantidos e sem parcelamentos.

A paraense Fernanda Coelho, de 34 anos, mudou para São Paulo em abril do ano passado, e conta que sentiu a diferença do custo de vida. Atualmente, apenas o marido, Antônio, tem carro, e procuram pagar o IPVA sempre à vista, também para conseguir o desconto. Para escolher o apartamento que vivem, por exemplo, a localização foi fator decisivo, mas para não aumentar tanto as despesas, a metragem diminuiu significativamente.

“No planejamento, nosso padrão de vida caiu para nos adaptarmos à realidade de São Paulo. Lá não temos empregada, moramos em um local super bem localizado, mas 10 vezes menor que o nosso apartamento anterior, tudo isso pra equilibrar as contas. Até o salário mínimo lá é maior, porque o custo de vida é superior”, ressalta. Sobre a escola do filho, de quase dois anos, o custo é de R$ 1.600, valor bem mais alto que em Belém. “É muito mais caro, mas oferece muito mais serviços, atendimento nutricional, psicomotricista, tem mais qualidade. E não tem material escolar, o valor inclui tudo, só compro o uniforme por fora”, conta.

Os três primeiros meses do ano são os mais impactantes para o brasileiro, segundo o economista Nélio Bordalo, já que vem acumulando gastos com ceia de Natal e Ano Novo e presentes das festas de final de ano. “A turma exagera nas despesas, compromete muito cartão de crédito. O trabalhador recebe décimo terceiro e às vezes gasta tudo no final do ano. O cartão não é vilão, ele não se gasta sozinho, não podemos usar sem controle, porque é por isso que o brasileiro começa o ano endividado e deixa, muitas vezes, de pagar algumas contas importantes”, relata.

Nélio dá uma dica principal para que esse cenário seja um pouco melhor nos próximos meses: por mais que tenha gastado muito e agora não consiga fazer os pagamentos dessas despesas à vista, fazer uma planilha financeira com uma lista de tudo o que se gasta mensalmente no orçamento familiar é o primeiro passo para conseguir controlar melhor os gastos e, assim, poupar um pouco do dinheiro conquistado no trabalho.

“Saber o que você gasta com saúde, lazer, alimentação, aluguel, e fazer um planejamento desses valores para o ano todo, ver um orçamento geral. E fazer nessa planilha duas colunas, uma de previsão de gastos, e outra do lado, apontando o que pode ser reduzido de cada despesa. Assim é possível remanejar as sobras e fazer uma poupança, uma aplicação financeira. Quem não tem esse costume, é interessante começar a ter esse hábito de economizar”, pontua.

Nas economias diárias, o economista ressalta o supermercado e a energia elétrica. “Por exemplo, sair sem lista de compras faz com que muitas vezes se compre a mais do que precisa, tem que ter lista. Energia também tem que ter consciência, fazer uso racional, não deixar nada ligado à toa, isso pesa no orçamento, principalmente nesse período que estamos com a inflação alta. Até mesmo o lazer, o trabalhador não vive só para trabalhar, pode ter lazer, mas tem que controlar o lazer, planejar”, finaliza.

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