Ouro sobe com incertezas comerciais e dados de inflação nos EUA
O ouro fechou em alta nesta quarta-feira (12) à medida que a turbulência no mercado se aprofunda devido à incerteza sobre tarifas dos Estados Unidos e dados econômicos. A inflação ao consumidor abaixo das expectativas, que mantinha intacta a apostas em cortes da taxa de juros nos EUA, também influenciava a dinâmica do metal.
O contrato de ouro para abril encerrou a sessão com alta de 0,88%, a US$ 2.946,8 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
As tarifas de 25% impostas por Trump sobre o alumínio e o aço entram em vigor nesta quarta, e embora EUA e Canadá tenham recuado de novas medidas mútuas na terça-feira, o ambiente de incerteza comercial abala os mercados. A União Europeia anunciou tarifas retaliatórias nesta manhã, enquanto as ações americanas vêm registrando perdas nos últimos pregões. Além disso, preocupações com uma possível recessão nos EUA impulsionam a busca por ativos seguros.
"As tarifas intermitentes do presidente Trump estão ampliando os temores do mercado sobre a economia dos EUA, em meio ao aumento das discussões sobre uma recessão. Isso está impulsionando os investidores em direção a ativos de refúgio seguro, como o ouro", diz Samer Hasn, da XS.com.
Ao mesmo tempo, a divulgação dos índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro mostrou que a inflação nos EUA desacelerou para 2,8%, abaixo do esperado, o que aumentou as esperanças de que o Federal Reserve relaxe a política monetária. Taxas de juros mais baixas geralmente são benéficas para o ouro, que não rende juros.
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