Operação Semana Santa em Belém pretende garantir o abastecimento de pescado
Órgãos têm acompanhado o comportamento do preço do pescado desde o início do ano
Prefeitura de Belém, Governo do Estado e órgãos federais atuarão conjuntamente durante a Operação Semana Santa, visando garantir o fornecimento de pescado à população paraenses. E para definir as estratégias que serão utilizadas, representantes de 14 órgãos envolvidos discutiram os detalhes da execução da força-tarefa em reunião na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), na tarde desta quinta-feira (22).
A Operação Semana Santa, que já é realizada há 30 anos, tem por finalidade promover medidas governamentais, como decretos que regulam a comercialização de pescado e a organização de feiras em vários pontos da cidade, garantindo o acesso do público ao produto durante o período em que se recomenda evitar o consumo de carne vermelha.
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O secretário municipal de Economia (Secon), Apolônio Brasileiro, explicou que a Secon, a Sedap e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) têm acompanhado o comportamento do preço do pescado desde o início do ano, para tomar decisões favoráveis à população durante a Semana Santa. “Desde o começo do ano, os órgãos vêm monitorando o comportamento do preço do pescado e o comportamento da oferta do produto, para que a gente chegue nesse momento e possa lançar a operação. Ela é muito importante para garantir a oferta de pescado, porque tem uma pressão grande pelo produto no mercado externo. Cada um dos 14 órgãos presentes sai daqui com a tarefa de detalhar como cada um vai contribuir para a operação, que deve começar em 16 de março”, explica o secretário.
Everson Costa, economista do Dieese, alertou que, com base no comportamento dos preços do pescado ao longo do ano, os poderes executivos precisarão intensificar a Operação Semana Santa para garantir o abastecimento de peixe na mesa dos consumidores de Belém, especialmente os de baixa renda.
Ações para garantir o acesso ao pescado em Belém
Everson Costa, economista do Dieese, destaca a importância da pesquisa realizada em parceria com a Secon para compreender a situação de alta nos preços do pescado.“A pesquisa realizada em parceria com a Secon é fundamental para nos dar esse retrato de carestia que hoje o pescado aponta. A sazonalidade e os efeitos tradicionais, com os quais já estamos acostumados, nos mostram que o pescado já ficou mais caro no final do ano e agora também, mas, infelizmente pela forte demanda e também pelo estado ser um grande produtor essa formação de preço acaba ficando ainda maior e penalizando os consumidores de menor renda. Esse quadro mostra que as ações governamentais serão necessárias para que se possa garantir a oferta do pescado nesse período”, afirma o economista.
Entre as medidas para assegurar o preço e a oferta do pescado aos consumidores, destacam-se o Decreto que restringe a comercialização para fora do estado e a realização de Feiras do Pescado em diversos pontos da cidade, aproximando produtores e consumidores. No ano anterior, as Feiras do Pescado disponibilizaram em Belém 10 toneladas de peixe em quatro locais. Para este ano, a quantidade ainda será definida em diálogo entre o Governo do Estado e os produtores.
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