Operação contra trabalho escravo resgata sete pessoas em Novo Progresso
Uma mulher e dois filhos viviam com mais cinco homens em condições degradantes
Uma mulher foi resgatada em condições degradantes, análogas à escravidão, no município de Novo Progresso, no Sudoeste paraense. As informações são da ONG Repórter Brasil e do portal UOL. Gisele (nome fictício) vivia em um barraco de lona cercado de mato, sem água, sem banheiro, sem cama e exposta a ataques de animais selvagens. Ela trabalhava como cozinheira.
Foram resgatados também os filhos de Gisele, de 9 e 10 anos, que estavam com ela, vivendo há quatro meses na mesma situação. Em depoimento ao Ministério Público do Trabalho (MPT), Gisele contou que um de seus filhos chegou a participar de programas de educação, antes de ser resgatado no estado encontrado. “Um grande retrocesso social”, afirmou o procurador do MPT no Pará Allan de Miranda Bruno.
“Inadmissível encontrar, em 2021, duas crianças que compartilhavam com trabalhadores toda indignidade que configura o trabalho escravo contemporâneo”, completou o procurador. Além da família, foram resgatados cinco homens, que também ficavam abrigados no barraco de lona. Eles haviam sido chamados para fazer a cerca no local, supostamente para conter o gado.
Gisele, as crianças e os outros trabalhadores ficaram no lugar de 13 de dezembro de 2020 a 24 de abril deste ano, quando ocorreu a operação, fruto de uma denúncia. A ação foi realizada pelo MPT, Ministério da Economia (por meio da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo), Defensoria Pública da União e Polícia Federal.
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