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O futuro sem chefe dos millennials

Especialistas avaliam que nos próximos anos haverá mudanças drásticas no mercado de trabalho

Redação Integrada ORM, com informações da Forbes

Muitas histórias de sucesso no empreendedorismo partem de funcionários que têm uma boa ideia e o topo da pirâmide, a chefia executiva, não decide ou barra a proposta. Isso aconteceu já nos anos 80, com a “National Geographic”, quando produtores sugeriram um canal a cabo baseado no conteúdo premiado da revista. A gerência olhou meio de lado e disse “não, obrigado”. Então os próprios autores do projeto foram em frente e lançaram o Discovery Channel e o History Channel. Já a “National Geographic”, apenas em 1997 lançou o seu canal.

O autor Frédéric Laloux aprofunda na obra “Reinventing Organizations” (“Reinventando Organizações”) que essa estrutura do chefe lá no alto tomando todas as decisões (e sendo responsabilizado por tudo) se torna cada vez mais ineficiente.

É desperdício de dinheiro pela necessidade de uma decisão ter que escalar toda a pirâmide ocupa vários funcionários caros e também por ser um processo lento. Ou seja, se a concorrência perceber que decisões menos centralizadas são ágeis, eficazes e econômicas, a empresa com hierarquia dura vai pagar o preço e ficar para trás.

A outra razão pela qual os chefes vão ficar ultrapassados está na ascensão da geração millennial, dos nascidos depois de 1981. E da geração Z, que nasceu no final dos anos 90 até 2010. Essas gerações são mais versáteis e estão se preparando para a chamada organização horizontal, sem esse chefe no topo, decidindo tudo, mesmo sem conhecer profundamente os níveis mais baixos da produção da empresa.

“Pesquisas mostram que os que atingiram a idade adulta por volta dos anos 2000 não querem hierarquia, mas holacracia, uma estrutura de poder mais horizontal na qual suas vozes serão ouvidas, na qual terão o acesso mais fácil àqueles que se encontram no topo, na qual poderão assumir desafios e crescer desde o início, em vez de esperar e apenas ganhar dinheiro para pagar as dívidas, como a maioria dos baby-boomers e a Geração X tiveram de fazer”, diz Brigid Schulte, no “Washington Post”.

Para as novas gerações, a hierarquia é mais parecida com pontos de uma rede interconectada do que com os gráficos da cadeia do comando, com o executivo-chefe no topo.

Quando os millennials prosperarem, provavelmente vão criar ambientes mais livres de chefes, com decisões rápidas. Mas os “tios” que quiserem sair à frente, estarão criando esse mundo agora.

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Economia
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