Mudança da matriz energética pode ser impulsionada pelo óleo de palma

Produto apresenta um potencial de produção de óleo por hectare dez vezes superior à soja

O Liberal
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A busca global por alternativas aos combustíveis fósseis ganha destaque, e o Brasil emerge como potencial líder nesse cenário, impulsionado por uma matriz energética diversificada. Empresas brasileiras, como o Grupo BBF (Brasil BioFuels), despontam nesse contexto, sendo o maior produtor de óleo de palma da América Latina.

O óleo de palma, conhecido como dendê, apresenta um potencial de produção de óleo por hectare dez vezes superior à soja, com uma estrutura química semelhante à dos combustíveis fósseis. Isso o torna altamente eficiente para a produção de biocombustíveis de segunda geração, como o SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e o Diesel Verde (RD).

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Com 15 anos de atuação, o Grupo BBF cultiva palma em áreas degradadas na Amazônia, utilizando o óleo para a produção de biocombustíveis e geração de energia elétrica limpa em regiões isoladas. A empresa gera mais de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, consolidando-se como a maior produtora de óleo de palma na América Latina.

Atualmente, o Grupo BBF cultiva mais de 75 mil hectares nos estados do Pará e Roraima, produzindo mais de 200 mil toneladas de óleo de palma por ano. A visão da empresa vai além, contribuindo para a transição energética no Brasil, produzindo biocombustíveis para diversos fins.

Legislação permite o cultivo apenas em áreas desmatadas

O Brasil, com vasta área disponível, tem o potencial de cultivar palma de forma sustentável em áreas degradadas na região amazônica. A legislação rigorosa, estabelecida em 2010, permite o cultivo apenas em áreas desmatadas até dezembro de 2007, possibilitando a geração de 186 bilhões de litros de óleo de palma anualmente.

“A empresa foi fundada com o propósito de mudar a matriz energética dos Sistemas Isolados no Norte do Brasil, criando empregos, gerando renda e reduzindo o custo da eletricidade para a população, a partir de uma matriz sustentável e limpa, substituindo o uso de óleo diesel fóssil por biodiesel feito a partir de óleo de palma. Com o passar dos anos, foi possível estender a atuação para uma missão ainda maior, de contribuir para a transição energética do País, produzindo biocombustíveis também para outros fins”, afirma Milton Steagall, CEO do Grupo BBF.

A partir de 2026, o Grupo BBF fornecerá SAF e Diesel Verde para a Vibra Energia, utilizando o óleo de palma cultivado na Amazônia. Segundo a empresa, o investimento será de mais de R$ 2,2 bilhões em uma nova biorrefinaria para produção em escala industrial.

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