Ministro anuncia projeto para diminuir custos da energia elétrica e cita situação do Pará

Alexandre Silveira informou que objetivo do governo é “dividir melhor a conta” entre a energia paga pelos consumidores em geral e os grandes consumidores

O Liberal
fonte

O governo federal prepara pelo menos dois projetos de lei que devem ser enviados em breve para o Congresso - um deles com o objetivo de reduzir os custos de energia elétrica. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma das propostas busca “dividir melhor a conta” entre a energia paga pelos consumidores em geral e os grandes consumidores, enquanto a outra tratará da transição energética no setor de transportes. As declarações foram dadas durante audiência conjunta das comissões de Minas e Energia, e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, realizada nesta terça-feira (29). 

VEJA MAIS

image ONS: Apagão pode ter sido causado por baixo desempenho próximo à linha desligada
Órgão aponta falha no controle de tensão em fontes de geração como responsável pela pane que deixou 25 estados mais o Distrito Federal sem energia

image Puxada por energia elétrica, prévia da inflação em Belém tem alta acima da média nacional
IPCA-15 divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE teve alta de 0,31% em Belém, enquanto a média nacional foi de 0,28%. Energia elétrica residencial aparece com alta de 5% - acima da média nacional - e foi o principal grupo que puxou a alta da inflação na capital paraense

Na ocasião, o ministro citou o caso do Pará, em que a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou um reajuste de 16%, mas após uma negociação, fixou o aumentou em 11%. Nos últimos anos, de acordo com o ministro, a maior conta tem ficado com o chamado “mercado regulado” que abrange os consumidores comuns, enquanto os grandes consumidores compram energia no mercado livre e conseguem pagar menos.

Por isso, um dos projetos de lei vai tentar reestruturar o setor. “Nós estamos chegando perto do colapso do preço da energia elétrica para o consumidor brasileiro regulado. Nós fomos criando encargos para o consumidor regulado e agora chegou no limite”, declarou o ministro.

Um semana antes, no dia 23 de agosto, Alexandre Silveira discutiu os critérios técnicos utilizados na cobrança da conta de energia, durante uma reunião com o governador Helder Barbalho e o diretor-geral da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, em Brasília (DF). Na ocasião, Helder defendeu a necessidade de uma solução estrutural para os desafios do setor elétrico no Pará, em especial no sistema de transmissão e valor da cobrança pelo serviço. Ele também reforçou que o valor pago pela energia ocausa impactos negativos à população paraense.

image Com conta de luz mais cara do país, consumidores do Pará pagam 80% a mais que os da Paraíba
Essa é a diferença entre os valores cobrados pela Equatorial Pará e pela distribuidora de energia que atende 229 mil unidades consumidores no agreste paraibano

image Helder discute com ministro critérios técnicos utilizados na cobrança da conta de energia
Governador ressalta a necessidade de uma solução estrutural para os desafios do setor elétrico no Estado

Ainda durante o encontro, Alexandre Silveira adiantou que um conjunto de medidas será levado ao Congresso Nacional para avaliação, com ênfase nos critérios de dedução da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo setorial destinado à promoção do desenvolvimento energético do Brasil.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, o governo pretende reduzir os subsídios custeados pela CDE - um fundo setorial pago pelos consumidores de energia elétrica e onde estão embutidos, por exemplo, gastos com saneamento. A ideia é transferir para o Orçamento da União os custos da CDE que não estão diretamente relacionados ao setor energético. 

"Uma das frentes que devemos propor é que encargos que estão na CDE e não são vinculados umbilicalmente ao setor elétrico devem sim passar por uma discussão e alguns deles, se tiver espaço, serem absorvidos pelo Orçamento Geral da União", disse, nesta terça-feira, durante a audiência na Câmara dos Deputados. 

image Distribuidoras bloqueiam consumidores, mas geração de energia solar ultrapassa 23 GW no Brasil
Associação afirma que crescimento da energia solar no Brasil poderia ser ainda maior não fossem as restrições impostas pelas empresas de distribuição de energia elétrica

image Pará é um dos maiores produtores e o maior pagador de energia elétrica do Brasil
Entre as principais reclamações contra a concessionária estão estão falta de energia, variação de consumo, cobranças irregulares e interrupções frequentes

"Essa reformulação geral do setor elétrico perpassa também por essa frente de discutir parte dos encargos que estão na CDE e que não são correlatos ao setor elétrico", continuou. 

O Pará é atualmente o estado com a tarifa de energia mais cara do Brasil, chegando a 0,96 por quilowatt-hora (kWh), sem contar impostos a taxa de iluminação pública. O valor está acima da média nacional, que é de R$ 0,72 por KWh.

Transição energética

Outra proposta que está sendo elaborada pelo governo vai atuar na transição energética do setor de transporte com projetos como o chamado “diesel verde”. Silveira informou que devem ser investidos R$ 60 bilhões no produto.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA