Saiba como micro e pequenas empresas contribuem para recuperação da economia
Sebrae deve ter salas dos empreendedores em todos os 144 municípios paraenses ainda em 2022
A retomada econômica é uma realidade para os micro e pequenos negócios. Em pesquisa divulgada em junho, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que o índice de empreendimentos que enfrentaram queda de faturamento já é menor desde o início da pandemia. Para Rubens Magno, diretor-superintendente Sebrae no Pará, a recuperação se observa também pela contribuição que o setor tem dado na geração de postos de trabalho. Nesta entrevista, Magno ressalta ainda a ampliação da presença do Sebrae em todo o estado como uma das principais estratégias em benefício dos empreendedores locais.
Como está o cenário atual dos micro e pequenos negócios aqui no estado do Pará? Esse segmento tem avançado?
A gente está em recuperação, mas é uma recuperação crescente, então tem potencial e o que é melhor é que os pequenos negócios veem possibilidades de venderem mais e crescerem mais.
Que medidas devem ser adotadas para incentivar esse ambiente de negócios para que mais micro e pequenos negócios surjam?
O Governo do Estado tem feito um trabalho muito grande ajuda para que o mercado se abra. A própria questão do ICMS, em alguns locais do estado, se tem trabalhado com alíquotas diferentes. E a parte do Sebrae também vem sendo feita, colocando todas as suas ferramentas à disposição desses pequenos negócios para que eles possam se desenvolver da forma certa através da criação de planos de negócios adequados e políticas certas de direcionamento.
Nesse contato com esses micro e pequenos negócios e com os MEIs, que dificuldades eles relatam e como vocês têm buscado estratégias para atender essas demandas?
As principais dificuldades vieram da questão da pandemia, que fez congelamento, as pessoas não conseguiam circular e vender seus produtos da forma que gostariam e tudo isso agora vem de uma forma não cadenciada, com consumo rápido e grande. Porém muitas pessoas empobreceram, então nós temos um descompensado nesse processo que está sendo cadenciado para que esses produtos que estavam encalhados possam ser vendidos, mas principalmente o que a gente precisa agora é gerar oportunidade das pessoas terem seus empregos de volta ou gerar empregos e, dessa forma, a gente consegue ter uma economia circulante.
E como tem sido pensado essa promoção de estratégias, pensando principalmente na regionalização e no acesso do empreendedor do interior do estado?
Nós aumentamos o número de agências. São 14 agências físicas do Sebrae, mas nós criamos também uma estratégia: dos 144 municípios nós termos presença na maioria deles. Quando nós assumimos 2019, tínhamos 52 salas do empreendedor, que é um convênio que o Sebrae faz com a prefeitura e cria um posto avançado do Sebrae nos municípios. Hoje, nós temos a grata felicidade de termos salas do empreendedor em 104 municípios do Pará e a nossa meta é ter, até o final do ano, 144 salas. Além disso, temos a presença digital, com vários tipos de atendimento 100% digital. Ou seja, hoje nós temos os 144 municípios atendidos ou presencialmente ou indo um consultor até eles.
Pensando direta e indiretamente, qual é a real contribuição que os micro e pequenos negócios tem dado para a economia paraense e brasileira?
Hoje, no Brasil quem carrega a nossa economia, sem dúvida, são as micro e pequenas empresas. Mais de 99% das empresas no Brasil são micro e pequenas empresas, ou seja, a força é muito grande. Mais de um terço do PIB nacional é feito de micro e pequenas empresas, então a quantidade de empregos gerados, obviamente, acaba sendo muito alta. Para você ter uma ideia, hoje no Norte do Brasil quem tá empregando muito mais são as micro e pequenas empresas. Daí se vê a importância desses empresários de pequenos negócios, não só para o Pará, mas para o Brasil e para o mundo.
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