Mercado de carros híbridos desperta interesse no Pará, apontam lojistas

Ao todo, 1.819 carros híbridos e elétricos circulam no Pará. Em 2018, eram apenas 121

Valéria Nascimento
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A venda de carros híbridos e elétricos bateu recorde em maio no país. Segundo a Abve (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), 6.435 unidades foram emplacadas, 90% mais do que no mesmo mês de 2022. De janeiro a maio, a alta foi de 59% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao todo, há no Brasil 152.453 carros híbridos e elétricos

No Pará, a frota atual desses veículos é de 1.819 unidades, com Belém na liderança. A capital paraense concentra 975 carros híbridos e elétricos, ou seja, 53,60%. Há cinco anos, em 2018, eram apenas 211 unidades em todo o território paraense.

Este é um mercado em ascensão”, afirmou o gerente de Vendas, de uma unidade da Toyota, em Ananindeua, Maicon Luiz. A Toyota lidera a produção de veículos elétricos e de modelos que atualmente estão rodando pelas ruas do Pará.

Ranking por fabricantes no Pará

Do total de 1.819 carros, 1.431 são da marca Toyota, o que representa 78,67%. Em seguida vem a Caoa Chery com 141 carros (7,75%); e a BMW com 68 carros (3,74%).

No ranking ainda há a Volvo com 31 unidades (1,70%); Land Rover com 30 carros, (1,65%); Audi com 24 carros (1,32%); Mini com 17 carros (0,93%); Kia com 16 carros (0,88%); Ford com 14 carros (0,77%); e a última no ranking é a Nissan com 13 carros (0,71%). Os dados são do site Neocharge, uma plataforma virtual referência para carros e mobilidade elétrica.

Como funciona 

Os veículos híbridos se dividem em três categorias: os híbridos ‘convencionais’, os híbridos leves e os híbridos plug-in: quase um elétrico, esse terceiro grupo é o dos veículos cujas baterias podem ser recarregadas em qualquer tomada, inclusive na garagem de qualquer casa.

A primeira categoria, é a chamada dos híbridos ‘convencionais’ e é também a mais comum. O gerente de vendas da Toyota, em Ananindeua, Maicon Luiz explicou que na ‘convencional’, o carro tem dois motores: um elétrico e outro a combustão.

O sistema decide quando cada um deles entra em funcionamento, mas o motor elétrico costuma agir em situações de baixa velocidade, como em uma manobra de estacionamento. Em caso de ultrapassagens ou situações que exigem mais potência, o motor a combustão assume a tarefa de movimentar o veículo.

Experiente em vendas, o gestor Maicon Luiz observou que no momento em que se oferta um veículo híbrido para o consumidor, é preciso saber o perfil do cliente.

A gente procura entender a expectativa e o uso do veículo. Exemplo, se o cliente fizer um uso mais urbano, como é o caso de Belém, onde temos um trânsito congestionado, ele terá uma grande economia porque em baixa velocidade esse veículo utilizará na maior parte do tempo o motor elétrico. Já o cliente que quer viajar bastante com o carro e gosta de altas velocidades, o melhor carro é o flex’, afirmou Maicon.

Modelos, infraestrutura e preços

Atualmente, a Toyota não fabrica nenhum carro 100% elétrico. Maicon Luiz disse que isso acontece em razão da praticidade pensada pela empresa. “A Toyota se preocupa com facilidades para o condutor. O carro elétrico depende de uma estrutura que muitas vezes não existe no país”, afirmou o comerciário.

"Para o uso urbano, o cliente monta uma estrutura em casa e ok. Ele vai rodar na cidade durante o dia, e, à noite, ele carrega o carro para o dia seguinte. Mas, em uma viagem longa. Belém-Goiânia, vamos imaginar, com o carro com uma autonomia de 300 Km, em 300 Km, ele terá de parar para recarregar a bateria e ele não sabe se onde ele precisar parar, terá esta estrutura”, explicou o gestor de vendas.

Ainda, que o condutor consiga a estrutura necessária para recarregar o automóvel, a viagem terá um tempo maior, porque será preciso deixar o carro carregando por um tempo até poder seguir viagem. E, dentro de 300 km, ele vai parar de novo.

A Toyota pensando nisso viu como melhor opção para os veículos da marca, seria a opção do sistema híbrido flex, com a qual o cliente pode abastecer tanto com o etanol quanto com a gasolina e, ainda, tem o motor elétrico”, disse Maicon Luiz.

Na Região Metropolitana de Belém, a Toyota oferta os modelos híbridos: Corollas Sedã e Cross, Prius e Rav 2.0 4x4.

Sobre os preços, a linha Corolla Sedã híbrido parte de R$ 186 mil para o mais top, o Toyota Corolla Altis Premium a R$ 195 mil. O Corolla Cross SUV, um carro considerado alto, conhecido e com boa aceitação no Brasil, sai a R$ 205 mil, e o Corolla Cross XRX, com teto solar e interior claro, está a R$ 213 mil.

Manutenção

Sobre a manutenção desses carros, há os pacotes e a recomendação de manutenção a cada 10 km rodados ou de ano em ano, o que vencer primeiro. Os valores partem de R$ 450,a depender do que, de fato, for necessário fazer no carro.

Pará tem 1.819 carros

Veja a quantidade de carros por municípios paraenses, até 10 unidades:

1.Belém                           975               >>>> 53, 60%

2.Ananindeua                  155                         8,52%

3.Parauapebas                  92                         5,06%

4.Castanhal                       83                          4,56%

5. Santarém                      73                           4,1%

6.Marabá                          71 3,                         90%

7.Paragominas                 31                             1,70%

8.Itaituba                          27                             1,48%

9.Barcarena                     24                             1.32%

10.Capanema                  17                              0,93%

11.Itupiranga                    15                              0,82%

12.Marituba                      14                              0,77%

13.Tucuruí                        14                              0,77%

14.Bragança                     13                              0,71%

15.Redenção                    13                              0,71%

16.Canaã dos Carajás      12                             0,66%

17.Cametá                         11                             0,60%

18.Tailândia                       11                             0,60%

19.Tomé-Açu                     11                             0,60%

20.Abaetetuba                   10                             0,55%.

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