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Mentor financeiro de Belém afirma que Taxa Selic alta deixa poupança ainda menos atrativa

Alta nos resgates reflete endividamento das famílias, impacto da inflação e busca por alternativas mais rentáveis no mercado financeiro

Gabi Gutierrez

Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 8 bilhões em fevereiro de 2025, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) no dia 12. Durante o mês, os brasileiros aplicaram R$ 331,996 bilhões na caderneta, enquanto retiraram R$ 340,003 bilhões, consolidando um saldo negativo que reflete um fenômeno recorrente nos últimos anos.

A retirada de valores da poupança tem sido constante, com saques líquidos registrados em sete dos últimos oito meses, com exceção de dezembro de 2024. Segundo especialistas em finanças e investimentos, esse movimento pode ser explicado pelo aumento do endividamento das famílias, a alta da inflação e a busca por alternativas de investimento mais rentáveis.

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Por que a poupança vem perdendo espaço?

Para Idean Alves, assessor de investimentos, o início do ano é marcado por um acúmulo de despesas que leva muitos brasileiros a recorrerem à poupança. "As compras de fim de ano se somam a compromissos como IPTU, IPVA e material escolar, aumentando a necessidade de liquidez", explica. Além disso, ele destaca que a baixa rentabilidade da poupança em comparação com outros investimentos também estimula a migração de recursos.

Murilo Dias, mentor financeiro, reforça que a caderneta de poupança vem fechando no negativo desde 2021, pois os investidores estão mais conscientes sobre outras opções do mercado. "Com o aumento do acesso a informação e a maior democratização dos investimentos, muitos brasileiros percebem que ativos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDBs, oferecem praticamente o dobro da rentabilidade da poupança, sem abrir mão da segurança", analisa.

Alternativas para maior rentabilidade

A poupança segue sendo uma opção para perfis mais conservadores ou para quem ainda tem receio de investir, segundo Murilo Dias. "Ela pode ser interessante para quem prefere um acesso mais palpável ao dinheiro. No entanto, investimentos como CDBs e caixinhas de bancos digitais, que rendem 100% do CDI, são opções mais vantajosas, pois oferecem maior liberdade, segurança e retorno", afirma.

Idean Alves acrescenta que o atual patamar da taxa Selic, acima de 8,5% ao ano, torna a poupança ainda menos atrativa. "Enquanto a poupança rende apenas 6% ao ano mais a Taxa Referencial, que está próxima de zero, investimentos atrelados ao CDI chegam a oferecer retornos superiores a 13% ao ano", compara.

Outro ponto levantado por Murilo Dias é a possibilidade de diversificar investimentos para além da renda fixa nacional. "Investir em renda fixa internacional, como títulos do Tesouro Americano, pode ser uma alternativa interessante para quem busca proteger o capital da inflação e da perda de poder de compra", sugere.

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