Margem Equatorial: Petrobras detalha resposta ao Ibama e está ‘otimista’

Em maio de 2023, o pedido de licença para perfurar poços de petróleo no litoral do Amapá foi negado pelo Ibama

Tamyres Damasceno, Especial para O Liberal

Em nota ao Grupo Liberal, a Petrobras informa que detalhou todos os questionamentos referentes ao Plano de Proteção à Fauna e da nova base de Fauna do Oiapoque direcionados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aguarda a avaliação do Instituto. A Petrobras afirma estar “otimista e segue trabalhando na construção da nova unidade de fauna no Oiapoque, que atuará em sinergia com o centro de reabilitação e despetrolização de fauna operacional em Belém”.

Em maio de 2023, o pedido de licença para perfurar poços de petróleo no litoral do Amapá foi negado pelo Ibama. Em resposta ao Grupo Liberal, após o retorno com o detalhamento das informações solicitadas pelo Ibama, a Petrobras considera que “houve um importante avanço no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59, Amapá Águas Profundas”.

O projeto é alvo de diversos debates quanto aos impactos ambientais que podem afetar ecossistemas sensíveis, como manguezais e outros habitats marinhos importantes. Diante disso, a Petrobras explicou que as atividades realizadas na região “representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética".

Em nota, a Petrobras afirma que “continuará executando todas as suas operações seguindo rigorosamente as normas de segurança operacional e as boas práticas de relacionamento social, buscando sempre se comprometer a atuar com segurança, total respeito e cuidado com o meio ambiente e com a população da região para proporcionar um impacto social positivo nas comunidades onde atua”.

Margem Equatorial

A chamada Margem Equatorial abrange, no Brasil, cinco bacias em alto-mar, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Uma delas é a bacia da Foz do Amazonas, localizada nos Estados do Amapá e do Pará. Apesar do nome, o primeiro poço que a Petrobras pretende perfurar nessa região fica a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas.

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