Lula no Pará: presidente entrega casas do programa Minha Casa, Minha Vida em Abaetetuba
Programa coordenador pelo Ministério das Cidades faz a entrega de 222 unidades habitacionais do conjunto Angelin
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da cerimônia de entrega de 222 unidades habitacionais do conjunto Angelim, em Abaetetuba. Além do presidente, outras autoridades participam do evento, entre elas Jader Filho, titular do Ministério das Cidades, órgão responsável pela gestão do programa Minha Casa, Minha Vida. O governador do Estado, Helder Barbalho, a primeira-dama Daniela Barbalho, os senadores Randolfe Rodrigues, do Amapá, e Beto Faro (PT) e os deputados federais Dilvanda Faro (PT) e Airton Faleiro (PT) também participam do evento com presença de Lula em Abaetetuba.
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No município, o presidente foi recepcionado pela prefeitura Francineti Carvalho. "Pela primeira vez na história de Abaetetuba temos um presidente no nosso município e a democracia é isso, a convivência com a diferença. Nesse momento o que deve imperar não são as diferençs partidárias e sim o nosso país", declarou Francineti, que é do PSDB e foi a primeira a discursar. Ela também destacou a importância do Programa Minha Casa, Minha Vida, para Abaetetuba, inclusive para a geração de emprego e renda no município.
A vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, informou que neste ano o objetivo é entregar mais de 15 mil unidades paralisadas e começar a contratar novas unidades.
Ministro das Cidades, Jader Filho afirmou que as unidades do condomínio entregue neste sábado em Abaetetuba foram contratadas pela presidente Dilma Roussef em 2012 e não foram entregues por 10 anos. "Hoje, nós estamos entregando o Eduardo angelim. São 222 família, 880 pessoas que vão hoje morar com dignidade", ressaltou.
Jader Filho citou outras obras que serão entregues em Belém e Santarém neste ano, como o conjunto Viver Outeiro, cuja a obra estava paralisada há quatro anos. “Não podemos deixar nenhuma obra paralisada e vamos trabalhar duro, firme, junto com o Banco do Brasil e a Caixa", declarou o ministro. "Vamos contratar só no ano de 2023, 230 mil unidades habitacionais no Brasil", disse Jader Filho. "Foi graças ao seu retorno que o Minha Casa, Minha Vida voltou e nunca mais vai ser esquecido, porque temos um presidente que gosta do povo e gosta do povo do Pará", completou.
Em seu discurso, o governador Helder Barbalho ressaltou que além de garantir moradia, o Minha Casa, Minha Vida, tem o papel de estimular a construção civil, a geração de emprego e renda e o comércio. “O Brasil está experimentando a mudança de realidade. Volta a esperança da população e a certeza que o presidente da República tem sensibilidade com aqueles que mais precisa, porque conhece a realidade da população mais carente”, declarou.
Ele lembrou que Abaetetuba e municípios próximos têm duas grandes vocações produtivas - açaí e pesca artesanal - e pediu apoio do governo federal a esses setores na região. “É fundamental que possamos estimular, que possa ter indústria do açaí para poder gerar emprego e agregar valor pra essa região”, disse. “É determinante que voltem os programas que garantam acesso ao crédito, moradia, seguro defeso e renda para pescadores dessa região”, completou.
Helder Barbalho também falou de um problema que atinge a orla de Abaetetuba. Em fevereiro deste ano, houve um deslizamento de terra na orla que afetou quase 700 pessoas. O desastre ambiental atingiu 218 imóveis e 227 famílias, conforme atualização feita, no dia 24 de março, pela Defesa Civil Municipal. As 670 pessoas que residiam nos bairros São José e São João tiveram que sair de suas casas, construídas na área classificada pelas autoridades como “polígono de risco”.
“Estamos buscando a solução no Estado junto à prefeitura. Mas entendo que seria fundamental fazer um grande conjunto habitacional para regularizar a moradia das pessoas que estão hoje vivendo a angústia do movimento das terras em Abaetetuba. Entendo que o Minha Casa, Minha Vida, pode ser uma grande solução para essa situação dramática”, afirmou Helder.
Último a falar, o presidente Lula encerrou a cerimônia reafirmando o compromisso de promover uma série de melhorias no programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, as novas casas serão maiores, terão utensílios adicionados. "Os apartamentos vão ter sacada. O conjunto habitacional vai ter uma biblioteca, para que as pessoas aprendam a ler, e a metragem vai ser um pouco maior que 33 metros, vai ter 41 metros no mínimo", declarou, afirmando também que predente atender a classe média.
Minha Casa, Minha Vida
O programa habitacional do governo federal foi retormado no dia 14 de fevereiro de 2023 e tem como meta contratar, até 2026, dois milhões de moradias. Entre as principais novidades está o retorno da Faixa 1, agora voltado para famílias com renda bruta de até R$ 2.640 (anteriormente, a renda exigida era de R$ 1.800). A ideia é que até 50% das unidades financiadas e subsidiadas sejam destinadas a esse público. Historicamente, o subsídio oferecido a famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%.
Durante o programa "Conversa com o presidente", na última terça-feira, Lula informou que pretende ampliar o Minha Casa, Minha Vida para que ele passe a atender também famílias de classe média. "Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa Minha Vida para a classe média. O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil esse cara também quer ter uma casa e esse cara quer ter uma casa melhor", declarou, na ocasião.
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