Jambo é uma das frutas mais vendidas o ano todo, independente de safra, afirmam feirantes de Belém

Ápice da safra já passou, mas procura pelo fruto continua nas feiras de Belém

O Liberal
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Apesar da origem asiática, o jambo é uma das frutas mais paraenses que existem. Apesar da frutificação ir de janeiro a maio, os moradores de Belém buscam o fruto o ano inteiro nas feiras da cidade. Na opinião de Moisés dos Santos, que trabalha há 25 anos na feira da Pedreira, a fruta é uma das mais vendáveis da cidade. "Está no meio da safra ainda, mas não deve demorar muito para acabar. Já está quase acabando. Esse jambo vem lá do interior do meu pai, em Abaetetuba. Sai bastante. Até quando sai de safra as pessoas continuam procurando. O jambo para você comprar tem que estar roxinho, que está mais doce. O que está um pouco mais claro é o azedo. Tem quem goste mais. Já vi gente comprando para comer com sal", conta ele, que vende quatro unidades por R$2. "Geralmente vendem R$1 a unidade ou no máximo três por R$2. Cobro mais barato porque vem lá do nosso sítio", diz.

No Ver-o-Peso, Lucas Marques vende o pacote com 12 unidades pequenas por R$5. Quem gosta de escolher a mão os frutos maiores pode levar sete jambos também por R$5. A inflação, porém, impactou no preço dos fornecedores. "Estão vendendo mais caro lá na Feira do Açaí. A gente estava comprando a R$18 a rasa e agora vai de R$20 até R$25. O movimento na feira, no geral, está fraco, mas o jambo até que está vendendo bastante", afirma. Passando pelo mercado na manhã desta quarta-feira (1), a cabeleireira Silvia Costa diz que prefere comprar no período da safra, por conta da qualidade das frutas. "Eu amo jambo, tanto que estou aqui olhando, já tentada para comprar. Sempre compro quando venho no Ver-o-Peso, não sou de comprar em outros lugares. O preço está bem atraente. Não muito, mas dá para comprar ainda. Gosto dos vermelhinhos, docinhos", conta. 

Jambo é abundante na Índia e na Malásia

Abundante na Índia e na Malásia, de onde são originários, os diversos tipos de jambo começaram a se espalhar pelas faixas mais tropicais da África e da América ainda no século XVI, graças à colonização dos portugueses na cidade da Málaca, na Malásia e ao forte escambo entre as colônias. Quando os holandeses expulsaram os ibéricos do sudeste asiático no século seguinte, os jambos já começava a se aclimatar em algumas partes do Brasil, com foco no Norte e no Nordeste, por conta do clima quente e úmido - os jambos não suportam frio nem geadas. No século XX, o fruto já era conhecido em todo o país e é até citado na antológica obra "História da Alimentação no Brasil", de Luís Câmara Cascudo, publicada em 1967. 

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