Inflação: IPCA tem queda de 0,06 % em Belém

Um dos setores que puxou essa queda foi o de habitação cujo resultado foi 1,41%.

O Liberal

A Região Metropolitana de Belém teve em outubro uma deflação mínima de 0,06%, que significa estabilidade, no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos setores que puxaram essa queda foi o de habitação, com recuo 1,41%. O setor de comunicação também teve uma queda ficando em  0,51%. Por outro lado, setores como transporte e vestuário tiveram alta de 0,78% e 0,66% respectivamente. 

Veja o resultado dos grupos do IPCA em Belém:

  • Índice geral: - 0,06%
  • Alimentação e bebidas: - 0,20%
  • Habitação: - 1,41%
  • Artigos de residência: 0,14%
  • Vestuário: 0,66%
  • Transportes: 0,78%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,25
  • Despesas pessoais: 0,17%
  • Educação: 0,19%
  • Comunicação: - 0,51%

NACIONAL 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta a 0,24% em outubro, depois de subir 0,26% no mês anterior, marcando o quarto mês seguido de taxa positiva.
Assim, o IPCA acumulou nos 12 meses até outubro alta de 4,82%, contra 5,19% no mês anterior e expectativa de 4,87%.

Dessa forma, o índice caminha para terminar 2023 perto do teto da meta para este ano, cujo centro é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
No geral, analistas veem a inflação controlada, ainda que elevada, alertam para o comportamento dos preços de serviços, principalmente diante de um mercado de trabalho aquecido, e do cenário internacional.

Segundo o IBGE, o maior impacto individual no resultado de outubro veio dos preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% comparando com o mês anterior, depois de avanço de 13,47% em setembro.
Isso ajudou a pressionar a inflação de serviços, que o BC acompanha de perto apesar de os maiores impactos nos números de inflação recente virem dos monitorados, para uma taxa em outubro de 0,59%, de 0,50% em setembro. No acumulado em 12 meses, o avanço é de 5,45%.

"É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano", explicou o gerente da pesquisa, André Almeida.
Mesmo assim, o avanço nos preços do grupo Transportes perdeu força e foi de 0,35% em outubro, contra 1,40% em setembro. Isso porque os combustíveis apresentaram deflação de 1,39% no mês, com quedas na gasolina (-1,53%), gás veicular (-1,23%) e etanol (-0,96%).

"A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes", falou Almeida.
Os custos de Habitação caíram a 0,02% em outubro, de 0,47% no mês anterior, com queda de 0,58% na energia elétrica residencial.

Porém, o grupo Alimentação e bebidas, com forte peso no bolso do consumidor, deixou para trás quatro meses seguidos de deflação e subiu 0,31% em outubro.
A alimentação no domicílio subiu 0,27%, com aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e carnes (0,53%).
O índice de difusão do IPCA, que mostra o espalhamento das variações de preços, subiu a 53% em outubro, de 43% em setembro.
No início do mês, o BC decidiu fazer um terceiro corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros Selic, a 12,25% ao ano, e afirmou que sua diretoria antevê reduções equivalentes nas próximas reuniões, apesar de citar um ambiente internacional adverso.

A Pesquisa Focus mais recente divulgada pelo Banco Central mostra que a expectativa do mercado é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 4,63%, indo a 3,91% em 2024.

 

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