Habilidades de relacionamento e para tomar decisões fazem a diferença no mercado de trabalho
As soft skills são as características emocionais que auxiliam trabalhadores nos desafios diários
A evolução das habilidades desenvolvidas pelo ser humano para contornar obstáculos, desde o início da espécie, é o que explica o surgimento das chamadas “soft skills”; características como resiliência, empatia, criatividade, ética, lógica, oratória, e outras que são valorizadas pelas empresas na hora de contratar funcionários atualmente. A professora Alessandra Meirelles, coordenadora do curso de administração na Unama, explica como as habilidades influem em melhores resultados e convivência no dia-a-dia.
“A capacidade desses profissionais de enfrentar os desafios diários, as pressões, vêm da possibilidade de ter um olhar rápido, no mercado que está muito ágil e fluido, para aproveitar as oportunidades que aparecem rapidamente. Trata-se de um desenvolvimento humano, cujo objetivo é melhorar a vida do indivíduo, seja na vida profissional ou pessoal”, explica a pesquisadora, que é também consultora em administração.
As hard skills, de acordo com a especialista, são os atributos de um candidato que podem ser mensurados de forma objetiva. Por exemplo, o número de estágios de qualificação, como cursos de graduação ou pós-graduação. “Todos os aprendizados que são facilmente identificados, com diplomas ou certificados, o que eu posso colocar no currículo e comprovar, são as hard skills. Já as soft skills, como o próprio nome já indica (hard significa as mais pesadas e soft, as mais leves), são aquelas que são muito mais difíceis de quantificar, de comprovar. Porque são habilidades comportamentais. Elas são as minhas aptidões mentais, como autocontrole, automotivação, competências interpessoais, proatividade, capacidade de persuasão”, diferencia.
Na atualidade, as soft skills passaram a ser muito mais observadas do que em períodos passados. Há cinco anos, para que um currículo fosse considerado excelente ele precisava apresentar cursos variados e de excelência. Hoje, além deles, outros quesitos são exigidos. “Não que os cursos não sejam mais considerados importantes. É óbvio que a maioria dos empregos exige uma qualificação acadêmica. Porém, se o candidato possui a qualificação acadêmica, mas não tem as habilidades emocionais, as soft skills, deixa muito a desejar no que diz respeito a ser um forte candidato ao cargo pretendido, porque uma das principais causas hoje de uma contratação é o olhar sobre o quanto você tem de inteligência emocional, o quanto você tem de resiliência, de competências interpessoais. São características tão importantes quanto as hard skills do currículo. Eu diria até que hoje as soft skills estão sendo consideradas mais fortes que graduações”, destaca.
De acordo com pesquisa divulgada pelo site especializado em Recursos Humanos, RH Pra Você, 93% dos profissionais da área já consideram as soft skills um diferencial importante na hora das seleções. “Eu diria até que para as áreas de recursos humanos são mais que um diferencial. Você ter desenvolvidas as soft skills, hoje em dia, é quase uma obrigação, e poucas pessoas possuem a inteligência emocional desenvolvida. Nota-se, atualmente, que muitos candidatos, principalmente os mais jovens, estão apresentando perfis extremamente ansiosos, impacientes, o que vai muito de encontro ao que pedem as soft skills. O trabalho que esses jovens precisam fazer para adquirir essas habilidades é mais árduo. E eu diria que é, com certeza, o caminho para que você tenha sucesso no mercado de trabalho. Um profissional, hoje, que não possui as soft skills, vai ter muito mais dificuldade de alcançar sucesso e ter uma carreira bem sucedida, mais do que aquele que pode não ter o melhor currículo, as melhores qualificações acadêmicas, mas têm as soft skills”, demarca.
A assertividade na forma de se expressar é uma das habilidades mais requisitadas, segundo a professora, para uma comunicação direta, objetiva e fluida no ambiente de trabalho. “A escuta ativa é também muito importante, para que o profissional possa atender os clientes, por exemplo. Não basta apenas saber escutar, é preciso entender o que o outro está precisando. Saber se colocar no lugar do outro, ter empatia, é outra soft skill muito importante”, acrescenta.
Saiba um pouco mais sobre 5 soft skills
- Resiliência- Ser resiliente significa ser alguém capaz de tomar boas decisões mesmo em circunstâncias difíceis. Ou seja, uma pessoa resiliente deve buscar se superar diante dos problemas e não deixar se abater por eles ou perder a confiança em si mesma acreditando que não será capaz de superá-los. Formas de desenvolver essa habilidade, segundo psicólogos, são: Praticar esportes regularmente, ter hábitos saudáveis como uma dieta equilibrada e um sono regulado, e meditar.
- Empatia- Ser empático significa tentar enxergar algum problema alheio sob a ótica de quem o enfrenta. É uma característica importante para compreender emoções e sentimentos e assumir uma postura de apoio às pessoas. Um dos caminhos para desenvolver a empatia é não tentar julgar as pessoas demasiadamente e fazer uma escuta ativa, absorvendo com atenção o que o outro diz.
- Criatividade- Ser criativo é ter a capacidade de enxergar as situações de ângulos novos, de conectar ideias distintas e encontrar soluções para questões complexas. Uma forma de desenvolver a criatividade é exercitar a flexibilidade, buscando vivenciar situações e entrar em contato com conhecimento pouco familiares.
- Ética- Há diversas atribuições existentes ao conceito de “ser ético”. Em linhas gerais, a ética trata do bem-estar coletivo, da capacidade de agir pensando não só em si mesmo, mas também no todo. O desenvolvimento da ética depende da postura adotada. Um líder ético precisa ser imparcial, confiável e responsável a ponto de cumprir as normas do negócio e seguir os valores estabelecidos. Por exemplo: um líder ético precisa ser imparcial, confiável e responsável a ponto de cumprir as normas do negócio e seguir os valores estabelecidos.
- Oratória- A capacidade de falar em público com tranquilidade e fazer apresentações sem deixar com que o nervosismo tome conta é um atributo de quem possui boa oratória. Algumas dicas são: treinar com antecedência a apresentação que vai fazer, e para pessoas de confiança; articular bem
Fonte: site RH Pra Você
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